
MARANHÃO, 14 de novembro de 2025 – O Maranhão registrou avanço de 3,6% no PIB em 2023, segundo o IBGE, que divulgou os dados nesta sexta (14). O índice superou a média nacional de 3,2%, resultado obtido após levantamento em todo o país que avaliou o comportamento dos setores produtivos nos estados.
Além disso, o instituto apontou que Acre, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Tocantins e Rio de Janeiro tiveram as maiores altas no ano. Já Rio Grande do Sul, Rondônia, Pará e São Paulo apresentaram as menores variações, todas inferiores a 1,5%, conforme apuração oficial.
O IBGE informou que a agropecuária exerceu influência decisiva nos desempenhos de Acre, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e Tocantins. Esses estados obtiveram aumentos impulsionados principalmente pelo cultivo de soja, que teve peso relevante nas economias regionais analisadas.
Por outro lado, a alta de 5,7% no Rio de Janeiro ocorreu devido ao avanço da indústria extrativa. O setor registrou crescimento com destaque para as atividades ligadas à exploração de petróleo e gás, segundo dados consolidados pelo instituto.
Além disso, 13 estados ficaram abaixo da média nacional de 3,2%. O Rio Grande do Sul, com 1,3%, registrou impacto negativo da indústria de transformação, especialmente na produção de derivados de petróleo e na fabricação de máquinas e equipamentos.
Em Rondônia, que também cresceu 1,3%, a seca na região Norte reduziu a geração de energia elétrica. Dessa forma, houve queda nas atividades de eletricidade, gás, água, esgoto, gestão de resíduos e descontaminação, conforme explicou a gerente de Contas Regionais do IBGE, Alessandra Poça.
No caso de São Paulo, cujo avanço foi de 1,4%, o IBGE relatou contribuição negativa da indústria de transformação. O estado foi influenciado pelos segmentos de defensivos agrícolas e de fabricação de máquinas e equipamentos, que registraram desempenhos menores no período.
O instituto também destacou mudanças na participação das regiões no PIB nacional. O Sudeste perdeu 0,3 ponto percentual entre 2022 e 2023, passando para 53%. Já Sul e Norte cresceram 0,2 e 0,1 ponto percentual, alcançando 16,8% e 5,8%, enquanto Nordeste e Centro-Oeste mantiveram suas parcelas.
MUDANÇAS REGIONAIS ENTRE 2002 E 2023
O IBGE ainda comparou dados de 2002 e 2023. As regiões Centro-Oeste e Norte registraram os maiores aumentos de participação, crescendo 2 e 1,1 ponto percentual, respectivamente, no conjunto da economia brasileira ao longo do período analisado.
O levantamento mostrou também que o Sudeste perdeu 4,4 pontos percentuais em duas décadas. As economias de São Paulo e Rio de Janeiro tiveram reduções de 3,4 e 1,7 pontos percentuais, enquanto Mato Grosso liderou os acréscimos, com 1,2 ponto percentual, seguido por Santa Catarina, com 1 ponto, e Mato Grosso do Sul, com 0,6 ponto.







