
BRASÍLIA, 12 de setembro de 2025 – A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS aprovou nesta quinta (11) a quebra de sigilos fiscal e bancário do deputado estadual Edson Araújo (PSB) e de diversas entidades investigadas.
A decisão da CPMI inclui 67 pessoas e 91 associações e empresas. Entre elas estão a Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), ligada ao PT, o Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos da Força Sindical (Sindnapi) e a Confederação Nacional dos Agricultores Familiares e Empreendedores Familiares Rurais do Brasil (Conafer).
Além disso, a comissão determinou que terá acesso às informações financeiras das associações desde a assinatura dos acordos de cooperação técnica com o INSS até a data atual. A medida atinge também organizações que receberam grandes repasses da autarquia.
O deputado Edson Araújo, presidente licenciado da Federação das Colônias de Pescadores do Maranhão (Fecopema), está na lista. Já o Sindnapi, que tem como vice-presidente José Ferreira da Silva, o “Frei Chico”, irmão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, também foi incluído.
No caso da Conafer, que é ligada à Frente Parlamentar em Defesa do Empreendedorismo Rural, a investigação identificou repasses superiores a R$ 100 milhões oriundos do INSS. A CPMI busca esclarecer como esses recursos foram aplicados.
Por outro lado, um acordo entre governo e oposição barrou a quebra de sigilo dos ex-ministros da Previdência Carlos Lupi e José Carlos Oliveira, além da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado de Minas Gerais (Fetaemg).
Ainda nesta quinta (11), a comissão ouviu o ex-ministro da Previdência José Carlos Oliveira, que ocupou o cargo durante o governo de Jair Bolsonaro (PL). O nome dele surgiu nas investigações da Operação Sem Desconto, que apura movimentações financeiras suspeitas em associações e sindicatos.







