BRASÍLIA, 18 de junho de 2024 – O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil se reúne hoje para deliberar sobre a taxa básica de juros, a Selic, em um contexto de incertezas econômicas ampliadas pela recente valorização do dólar e aumento da inflação.
Esta reunião é crucial, pois pode marcar o fim do ciclo de cortes iniciado em agosto do ano passado ou resultar em mais uma redução marginal de 0,25 pontos percentuais.
Nos últimos meses, o Copom adotou uma postura cautelosa, com seis cortes de 0,5 ponto percentual e um de 0,25 ponto percentual em maio.
A expectativa do mercado, conforme indicado pelo boletim Focus, é que a Selic permaneça em 10,5% ao ano até o final de 2024, uma revisão para cima em relação aos prognósticos anteriores.
A recente alta nas expectativas de inflação não tem sido atribuída a fatores políticos, mas sim ao compromisso contínuo do Banco Central com suas decisões anteriores.
Isso ocorre em um cenário em que a inflação acumulada nos últimos 12 meses atingiu 3,93%, impulsionada pelo aumento dos preços dos alimentos devido às enchentes no Rio Grande do Sul.
Enquanto isso, o presidente Lula criticou severamente o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, alegando que suas ações são prejudiciais ao país.
Lula alegou que a taxa de juros está desproporcional às necessidades econômicas atuais, tornando os investimentos no setor produtivo praticamente inviáveis.