
BRASIL, 06 de novembro de 2025 – A COP30 chega a Belém com uma proposta ambiciosa: arrecadar o equivalente a R$ 7 trilhões por ano para financiar ações contra as mudanças climáticas.
Segundo o jornal Folha de S.Paulo, o plano sugere um conjunto de medidas que incluem tributos sobre grandes fortunas, jatinhos e artigos de luxo, além de ajustes nas regras bancárias que, segundo os autores, limitam o investimento em projetos sustentáveis.
O documento, chamado de roadmap (“mapa do caminho”), será apresentado durante o encontro da ONU. Brasil e Azerbaijão elaboraram o documento, que orienta governos e instituições financeiras a mobilizarem o montante necessário até 2035.
Entre as propostas está a revisão das normas de Basileia 3, criadas depois da crise de 2008, consideradas excessivamente rígidas para investimentos de longo prazo em energia limpa e infraestrutura verde.
Os autores afirmam que os ajustes preservariam a segurança do sistema financeiro, mas dariam maior flexibilidade a bancos para investirem em projetos de baixo carbono.
Também propõem que bancos de desenvolvimento e fundos multilaterais contribuam com US$ 300 bilhões anuais. Novas fontes de crédito e instrumentos de mercado somariam outros US$ 230 bilhões.
COP30 TAMBÉM AVALIA OUTRAS FONTES DE RECEITA
O plano da COP30 prevê ainda a ampliação do uso de mecanismos como o mercado de carbono, a troca de dívidas por investimento climático e a aplicação de Direitos Especiais de Saque do FMI em programas ambientais.
As contribuições diretas de países ricos poderiam acrescentar US$ 80 bilhões por ano, enquanto a cooperação entre nações emergentes chegaria a US$ 40 bilhões.
A taxação global de fortunas poderia gerar de US$ 200 bilhões a US$ 1,3 trilhão, a depender do modelo de cobrança. Tributos sobre aviação e transporte marítimo renderiam até US$ 223 bilhões.
Nas contas da ONU, a taxação de itens de luxo ou uso militar trariam mais US$ 112 bilhões.







