BRASIL, 21 de outubro de 2023 – O empresário baiano Antonio Ricardo Alvarez Alban, 63 anos, assumirá a presidência da CNI (Confederação Nacional da Indústria) em 31 de outubro. Egresso da Fieb (Federação das Indústrias do Estado da Bahia), entidade que comanda desde 2014, foi eleito por unanimidade para um mandato de 4 anos.
Alban sucederá Robson Braga de Andrade em uma cerimônia, em Brasília, que terá representantes dos Três Poderes da República. Em entrevista ao Poder360, o empresário afirma que focará na neoindustrialização, trabalhando pela modernização do setor e com atenção à questão ambiental.
Ele também diz que a reforma tributária, em tramitação no Senado, é crucial para uma retomada da indústria. Na sua visão, é preciso ter “racionalidade” ao estabelecer alíquotas diferenciadas para alguns setores, pois entende que uma maior quantidade de exceções elevará o IVA (Imposto sobre Valor Agregado) padrão.
“Se estamos falando de uma possibilidade de um IVA de 25%, vamos chegar a 26%, 27%, 28%… Se nós tivermos mais racionalidade, poderemos brigar por 24%, 23%. Para quem é melhor isso? Para quem paga imposto”, declara.
Alban avalia que a reforma tributária “não é a ideal, mas já ajuda bastante” a indústria, que compõe quase 24% do PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro. Para ele, a proposta é importante para assegurar competitividade ao setor.
“Qual é o grande benefício dessa reforma tributária? É nós eliminarmos acúmulos de crédito tributário, que inviabiliza a exportação”, diz.
No seu entendimento, há um “equívoco” em críticas de setores como serviços e agronegócio sobre eventual aumento da carga tributária. Ele também questiona o peso dos impostos sobre a indústria: “Por que a carga tributária tem que estar mais na indústria, se afinal de contas quem paga [mais] é o consumidor?”.