
ESTADOS UNIDOS, 09 de novembro de 2023 – O Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos divulgou nesta terça (9) que mais de 3.700 casos de sífilis congênita foram relatados em 2022, cerca de 11 vezes o número de uma década atrás.
A sífilis em bebês é uma condição séria que pode levar a abortos, natimortos e graves problemas de saúde. Quase 90% dos casos poderiam ser evitados com testes e tratamentos adequados. Especialistas alertam para a necessidade de melhorias na infraestrutura de cuidados pré-natais e financiamento.
O aumento na sífilis congênita nos Estados Unidos preocupa especialistas de saúde, que classificam a situação como crítica. Os últimos dados revelam que mais de 3.700 casos da doença foram relatados em 2022, o que representa um aumento de cerca de 11 vezes em relação ao número registrado há uma década.
A sífilis congênita é uma condição de saúde grave que pode resultar em abortos, natimortos e causar problemas sérios de desenvolvimento em bebês que sobrevivem. Em 2022, a doença causou 231 natimortos e 51 mortes de bebês. A agência de saúde dos EUA estima que quase 90% dos novos casos poderiam ter sido evitados com testes e tratamentos adequados.
Quase 38% dos bebês afetados nasceram de mães que não receberam cuidados pré-natais. Das mães que receberam algum atendimento pré-natal, 30% não foram testadas para sífilis ou foram testadas tardiamente. Além disso, entre as mães que testaram positivo, 88% não receberam tratamento adequado, não documentado ou nenhum tratamento.
Especialistas apontam que, em parte, a crise atual é resultado do desmantelamento das equipes de especialistas em intervenção em doenças e enfermeiras que garantiam que mulheres grávidas fossem testadas e tratadas, mesmo que isso envolvesse visitas domiciliares. Esses departamentos de saúde pública foram desativados, contribuindo para a situação crítica atual.