
Quarenta anos após seguirem caminhos distintos na vida, o Isilene de Jesus Silva Pacheco e Aniceto Torquato Soeiro Pacheco, ambos do povoado Santa Bárbara, em Viana (MA), formalizaram nesta quinta (3) o que a convivência já havia dissolvido décadas atrás: o casamento.
A separação, que vinha sendo praticada com rigor desde os anos 1980, finalmente foi reconhecida pela Justiça, de forma consensual e gratuita, durante a 4ª Semana Estadual da Conciliação.
A audiência de divórcio, que não exigiu sequer um reencontro físico — já que foi conduzida em formato híbrido —, aconteceu no Fórum Desembargador Sarney Costa, em São Luís. O ato foi conduzido pelo conciliador Anderson de Oliveira Brasil, no 1º Centro Judiciário de Solução de Conflitos.
A própria ex-esposa comemorou o desfecho do processo, classificando-o como um “sucesso”. Segundo Isilene, a separação oficial demorou não por falta de vontade, mas por questões práticas, como tempo e preocupação com os custos do divórcio — um clássico entrave que deixa muitos casais mais unidos nos documentos do que na vida real.
A dissolução do vínculo matrimonial se deu com cordialidade e dentro das diretrizes da campanha promovida pelo Tribunal de Justiça do Maranhão (TJMA), por meio do Núcleo Permanente de Métodos Consensuais de Solução de Conflitos (Nupemec).
A programação da semana inclui cerca de 5 mil audiências, realizadas com o apoio de servidores e magistrados de 109 comarcas do Estado.
O evento segue até esta sexta (4/7), promovendo acordos em demandas judiciais e extrajudiciais nas áreas cível e de família. Entre os serviços disponíveis estão reconhecimento de união estável, pensão alimentícia, divórcio, guarda, renegociação de dívidas e reconhecimento de paternidade.
Além disso, a Semana da Conciliação inclui a ação itinerante que percorre cinco municípios — Urbano Santos, São Benedito do Rio Preto, Icatu, Morros e Rosário — levando a estrutura da Justiça a quem ainda aguarda há apenas algumas décadas para resolver pendências familiares.