MARANHÃO, 18 de setembro de 2024 – O Maranhão possui a menor taxa de médicos por mil habitantes no país, segundo a Associação de Mantenedores Independentes de Ensino Superior (AMIES), com apenas 1,13 médico por mil habitantes.
Esse número no Maranhão está muito abaixo da média recomendada pela OCDE, que é de 3,73 médicos por mil habitantes. A situação é crítica em diversas regiões do Norte e Nordeste.
Levantamento da AMIES revela que estados como Pará, Piauí, Acre, Bahia e Ceará também sofrem com escassez de médicos, todos com menos de 2 médicos por mil habitantes. Essa deficiência impacta diretamente no atendimento à saúde de mais de 71 milhões de pessoas nas duas regiões.
A carência de profissionais reforça a necessidade de ampliação de cursos de Medicina para formar mais médicos.
Para resolver a falta de médicos, instituições de ensino superior nas regiões Norte e Nordeste vêm solicitando a abertura de novos cursos de Medicina ao MEC. No entanto, de 13 pedidos feitos recentemente, seis foram negados. Os demais aguardam resposta.
A AMIES questiona os critérios do MEC, que considera apenas a quantidade de médicos no município onde o curso seria instalado, sem analisar a demanda regional.
A AMIES alerta que, se a postura do MEC for mantida, 43 pedidos de novos cursos de Medicina poderão ser negados em breve, agravando a situação nas regiões mais afetadas pela falta de profissionais.
Além de perder novos médicos, os municípios deixarão de arrecadar milhões em impostos gerados pelas instituições de ensino.