
MARANHÃO, 12 de janeiro de 2025 – A Secretaria de Segurança Pública do Maranhão exonerou a capitã da Polícia Militar Marcela Soares Mouzinho Uhlmann, suspeita de envolvimento com uma organização criminosa.
A decisão, oficializada pelo governador Carlos Brandão, foi publicada no Diário Oficial do Estado nesta terça (11), seguindo determinação do Tribunal de Justiça do Maranhão, que a considerou indigna do oficialato.
A exoneração ocorre após a prisão da capitã, realizada em 21 de junho de 2024, durante uma operação da Superintendência Estadual de Investigações Criminais (SEIC). A ação visava desarticular um grupo criminoso envolvido com jogos de azar, em especial o “Jogo do Tigre”. A prisão aconteceu no bairro Pirâmide, na cidade de Raposa.
De acordo com a SEIC, a oficial foi detida após desacatar policiais que cumpriam mandados de prisão contra seu marido, Paulo Ricardo Santos Reis Silva, de 33 anos. No momento da abordagem, Paulo Ricardo tentou se esconder dentro de uma caixa d’água para evitar a prisão.
A SEIC informou que a capitã resistiu à ação e foi autuada por desacato e resistência. Durante a operação, peritos identificaram fraude nas instalações elétricas da residência do casal, o chamado “gato”, resultando em mais uma autuação contra a oficial.
As investigações apontam que Paulo Ricardo atuava como segurança e fornecedor de armas para o grupo, enquanto a capitã era responsável pelo armamento. A organização criminosa era liderada por uma influenciadora digital, cuja identidade não foi revelada pelas autoridades.
Após a prisão, a capitã foi levada para a sede da SEIC, no Bairro de Fátima, e posteriormente encaminhada ao presídio do Comando Geral da PMMA, no bairro Calhau. Seu marido também foi detido e responderá pelos crimes investigados.
A exoneração de Marcela Soares Mouzinho Uhlmann foi determinada após a Justiça do Maranhão decretar a perda de sua graduação. O trânsito em julgado da decisão ocorreu em 3 de dezembro de 2024.
O governador Carlos Brandão e o Secretário-Chefe da Casa Civil, Sebastião Torres Madeira, assinaram o ato oficializando a medida.