CASO ELEITOS

Candidatos de direita na Argentina querem país fora do Brics

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Argentina Brics
Os dois candidatos da oposição da Argentina anunciaram nesta quinta que, caso sejam eleitos, retirarão o país do Brics.

ARGENTINA, 24 de agosto de 2023 – Os dois candidatos da oposição argentina na corrida pela Presidência do país anunciaram nesta quinta-feira que, caso sejam eleitos em 22 de outubro — ou num eventual segundo turno em 19 de novembro — retirarão o país do Brics. Ambos se posicionaram contra a adesão do país durante palestras no Latin American Cities Conferences, de Buenos Aires, realizado no luxuoso hotel Alvear da capital argentina.

No dia em que os cinco integrantes atuais do grupo — Brasil, China, Rússia, África do Sul e Índia — anunciaram a incorporação dos novos membros plenos Argentina, Irã, Emirados Árabes Unidos e Egito, o candidato da extrema direita argentino, Javier Milei, deixou claro que, se for eleito presidente, a Argentina sairá do Brics. Sem mencionar explicitamente o grupo, disse a uma plateia de empresários locais e estrangeiros que seu alinhamento será unicamente com os Estados Unidos e Israel.

“Não vamos nos alinhar com comunistas”, frisou Milei.

Segundo disse ao GLOBO um de seus principais assessores, foi a maneira do candidato rechaçar a presença da Argentina no Brics.

Perguntado pelo GLOBO sobre a entrada da Argentina no grupo — por forte influência do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva — o candidato do partido A Liberdade Avança, que virou um rock star em eventos públicos e privados, afirmou que defende “o livre comércio”.

“Já disse que defendo o livre comércio, será decisão dos privados decidir com quem vão comercializar. Mas como chefe de Estado defenderei o livre comércio, o Estado não deve interferir. Isso responde sua pergunta”, disse.

Consultado sobre outros países, como Espanha, Milei disse que “os socialistas não são defensores da liberdade”.

Em sua palestra, o candidato da extrema direita afirmou que não vai romper relações com nenhum país, e que o setor privado poderá ter relações comerciais com vizinhos como o Brasil, ou com a China. Mas enfatizou que “a questão da geopolítica será função do Estado”, e disse que seu alinhamento será apenas com EUA e Israel.

Já Patricia Bullrich, candidata da aliança de centro-direita Juntos pela Mudança, foi mais direta.

“Se formos governo a Argentina não estará nos Brics”, declarou.

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