
ARGENTINA, 13 de agosto de 2023 – Com a apuração de mais de 90% das urnas, o economista Javier Milei venceu as eleições primárias na Argentina com mais de 30% dos votos. O resultado o estabeleceu como um forte concorrente para as eleições presidenciais marcadas para 22 de outubro.
Javier Milei, autodenominado “anarcocapitalista”, representa o partido A Liberdade Avança e conquistou 30,26% dos votos nas primárias. Sua vitória inesperada coloca-o no centro das atenções, especialmente após receber apoio do ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro na véspera da votação. Milei tem sido frequentemente comparado a Bolsonaro por suas posições ultraliberais e críticas ao socialismo.
A conquista do candidato foi celebrada por seus apoiadores, que se reuniram em um evento festivo para comemorar a vitória. Em seu discurso, Milei lançou críticas contundentes ao atual presidente Alberto Fernández e a Cristina Kirchner, sua vice-presidente e herdeira do legado político de seu falecido marido, Nestor Kirchner.
“Esta alternativa competitiva não só vai acabar com o kirchnerismo, mas também com a casta parasita, estúpida e inútil deste país. Estamos perante o fim do modelo de castas”, declarou Milei, prometendo romper com o status quo político que tem prevalecido na Argentina.
A segunda colocação nas primárias foi para a sigla de direita Juntos pela Mudança, que alcançou 27,9% dos votos. Patricia Bullrich, apoiada pelo ex-presidente Maurício Macri, emerge como uma adversária significativa para Milei nas eleições gerais. As primárias revelam uma divisão no eleitorado argentino, com a direita ganhando destaque e consolidando-se como uma força a ser considerada.
Por outro lado, o partido União pela Pátria, do presidente Alberto Fernández, ficou em terceiro lugar com 26,6% dos votos. O atual ministro da Economia, Sergio Massa, liderou a disputa interna do partido, demonstrando a fragmentação dentro das fileiras da esquerda.