BRASIL, 23 de outubro de 2024 – O Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) registrou seis ondas de calor e apenas quatro de frio em 2024 no Brasil. A seca em várias regiões do país, como a Amazônia, começou antes do previsto, intensificando-se um mês antes do início do inverno.
Na Amazônia, além dos incêndios, a seca é motivo de grande preocupação. Municípios da região enfrentam quase um ano de estiagem, a mais longa já registrada.
Três fatores principais explicam esse cenário: o fenômeno climático El Niño, o aquecimento anormal das águas do Atlântico Tropical Norte e as temperaturas globais recordes. O El Niño, ocorrido no Oceano Pacífico, impactou o regime de chuvas, atingindo seu pico no início do ano.
A temperatura do Atlântico Tropical Norte aumentou entre 1,2°C e 1,4°C, e o mês de julho foi o mais quente da história, gerando ondas de calor intensas.
QUEIMADAS EM ALTA NO GOVERNO LULA
Em 2024, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva registrou dois recordes ambientais.
Segundo dados do satélite Aqua, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o Pantanal e o cerrado tiveram o maior número de incêndios florestais já registrados no primeiro semestre. De janeiro a junho, houve mais de 3,5 mil focos de calor em cada uma dessas áreas.
Entre os biomas do Brasil, apenas o pampa apresentou uma redução no número de queimadas em relação ao mesmo período do ano anterior.
No restante do território, os focos de incêndio aumentaram, evidenciando a gravidade da situação ambiental sob o governo Lula.