
BRASIL, 28 de abril de 2025 – O Banco Mundial divulgou dados que revelam, mais uma vez, o esforço do Brasil para se manter fora do topo dos rankings globais. Segundo o relatório de 2023 sobre eficácia do governo, o país registrou pontuação de -0,27, em uma escala que vai de -2,5 a +2,5, onde quanto maior o índice, melhor a qualidade da gestão pública.
Com esse resultado, o Brasil conseguiu superar menos da metade dos países avaliados, ficando abaixo da média global.
O estudo avalia a capacidade dos governos de prestarem serviços públicos eficientes, elaborarem políticas de qualidade e manterem a administração pública imune a pressões políticas – uma tarefa que, para alguns, parece desnecessariamente complexa.
De acordo com os critérios do Banco Mundial, o Brasil permanece em situação classificada como ruim no cenário internacional. A distância em relação aos países mais bem avaliados continua expressiva, e o ritmo de evolução mostra que pressa, definitivamente, não é o forte da atual administração.
O relatório alerta que o mau desempenho é um sinal claro da necessidade de reformas profundas para melhorar a eficiência dos serviços públicos e restaurar a credibilidade das políticas governamentais.
Em um universo de cem países listados, o Brasil aparece atrás de nada menos que 68, mantendo uma posição desconfortável que nem mesmo discursos inflamados conseguem alterar.
Além da eficácia do governo, o Banco Mundial considera dimensões como controle da corrupção, Estado de Direito e estabilidade política. Historicamente, o Brasil sempre enfrentou dificuldades nesses campos, demonstrando que a tradição, neste caso, continua sendo respeitada.
Entre todos os indicadores, o de eficácia chama mais atenção, pois expõe a capacidade – ou a falta dela – do Estado em atender a população e planejar políticas públicas eficazes.
Dessa forma, o relatório serve como um lembrete sutil de que, apesar das promessas, a prática da boa governança ainda é uma arte em fase de aprendizado no país.