
MARANHÃO, 11 de abril de 2025 – O governo federal mantém ao menos 10 mil servidores em cargos considerados obsoletos ou deslocados da realidade atual. A lista inclui funções como vaqueiro, datilógrafo, açougueiro e editor de videotape.
Esses servidores representam 2% do total de funcionários permanentes do Executivo. A maior parte atua em áreas que já deveriam ter sido substituídas por modelos mais modernos e menos específicos.
O Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos planeja reestruturar essas carreiras, reduzindo mais de 250 tabelas salariais e 300 agrupamentos profissionais para um modelo mais enxuto e racional.
Segundo o secretário de Gestão de Pessoas, José Celso Cardoso Jr., uma portaria com diretrizes será publicada ainda neste mês para guiar esse processo de modernização funcional e administrativa.
Parte da transição está representada no Concurso Nacional Unificado, dividido em sete áreas do conhecimento. Cargos mais genéricos, como analista de TI, devem atender múltiplos ministérios com maior flexibilidade.
O objetivo é permitir mobilidade entre órgãos e reduzir o número de funções extintas ainda ocupadas. Entre os casos mais emblemáticos está o de datilógrafos, cargo extinto em 2018, mas que ainda conta com 1,8 mil servidores ativos.
Funções como eletricista de espetáculo, recreador e operador de lavanderia ainda existem na folha federal. Os salários variam entre R$ 4.000 e R$ 7.000, segundo o Portal da Transparência.
Mesmo quando um cargo é legalmente extinto, os ocupantes só deixam a função após aposentadoria ou redistribuição. A eliminação definitiva só ocorre após o desligamento do último servidor.
Esses datilógrafos estão usando máquina de escrever elétrica ou não? Porque se for a elétrica, ainda aumenta a conta de energia.