VENEZUELA, 23 de agosto de 2024 – Após o presidente do Paraguai, Santiago Penã, encabeçar um bloco para condenar o autoritarismo na Venezuela, sob os atos ditatoriais de Nicolás Maduro — exigindo transparência no processo eleitoral e a entrega das atas de votação — onze países, incluindo Argentina, Chile, Costa Rica, Equador, Estados Unidos, Guatemala, Panamá, Paraguai, Peru, República Dominicana e Uruguai, emitiram um comunicado conjunto rejeitando nesta sexta (23) a validação do resultado das eleições de 28 de julho em solo venezuelano, anunciada pelo Supremo Tribunal de Justiça (TSJ) do país.
Os governos expressaram dúvidas sobre a “verificação dos resultados” feita pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE) venezuelano, que certificou a permanecia de Nicolás Maduro no poder.
Os signatários do comunicado expressaram a necessidade de uma auditoria imparcial e independente para garantir o respeito à vontade popular e à democracia na Venezuela.
Além disso, externaram preocupação com as violações de direitos humanos contra cidadãos que protestavam pacificamente pela transparência do processo eleitoral.
Por outro lado, o Brasil não aderiu ao comunicado até a publicação desta matéria, mantendo silêncio em relação ao posicionamento dos outros países.
O TSJ, liderado pela chavista Caryslia Rodríguez, anunciou na quinta que “convalida” os resultados emitidos pelo CNE, que proclamou Maduro como vencedor das eleições.
A principal coalizão opositora, a Plataforma Unitária Democrática (PUD), reivindicou a vitória de seu candidato, Edmundo González Urrutia, e publicou 83,5% das atas eleitorais como prova de sua alegação, recebendo apoio de várias nações e organizações internacionais.
O CNE, por sua vez, não publicou os resultados detalhados, o que tem sido criticado pela comunidade internacional.