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BRASIL, 03 de janeiro de 2024 – O Brasil se destaca globalmente por ser um dos países que mais investem em salários de servidores públicos, conforme dados do Fundo Monetário Internacional (FMI).
As despesas, que englobam União, Estados e municípios, atingem 8,9% do Produto Interno Bruto (PIB), colocando o país à frente de nações desenvolvidas como França (8%), Reino Unido (7,3%) e Alemanha (5,9%).
Essa proporção é equiparável a países com serviços públicos mais eficientes, como Espanha e Áustria, ambos com 9%.
Em 2020, um estudo da Confederação Nacional da Indústria (CNI) utilizando dados do FMI em 2018 apontou que o Brasil destinava cerca de 13,4% do PIB para salários de servidores, posicionando-o como o 7º país que mais investe em servidores entre 70 nações analisadas.
No entanto, há indícios de que esse gasto vem diminuindo proporcionalmente ao PIB, especialmente no âmbito federal.
Apesar de o número de servidores no Brasil, aproximadamente 11,35 milhões, representar 12,45% do total de trabalhadores formais, a proporção é menor quando comparada a vários países da OCDE e similar a outras nações latino-americanas.
A maioria dos servidores está distribuída nos Estados e municípios, recebendo salários equivalentes aos do setor privado para funções semelhantes.
As disparidades concentram-se entre servidores da União, em Brasília, onde profissionais do Direito, por exemplo, podem receber até 80% a mais do que na iniciativa privada, conforme estudo do Banco Mundial.
Em novembro, o Poder Executivo Federal contava com 512,4 mil servidores civis, com remuneração média de R$ 11,684 mil após descontos, tornando o Distrito Federal a unidade mais rica do Brasil em termos de renda per capita, devido aos altos salários dos servidores federais.