BRASÍLIA, 18 de junho de 2024 – O Brasil caiu para a 62ª posição no ranking de competitividade global do Institute for Management Development (IMD), uma escola de negócios suíça. Este resultado coloca o país à frente apenas de Peru, Nigéria, Gana, Argentina e Venezuela. Singapura lidera a lista deste ano.
No ano anterior, sob o governo Lula, o Brasil já havia perdido uma posição no ranking. Este ano, o país foi superado por África do Sul e Mongólia e caiu mais uma posição com a inclusão de Porto Rico. A posição do Brasil só não é pior devido à inclusão de Nigéria e Gana e à queda do Peru da 55ª para a 63ª colocação.
O ranking considera indicadores estatísticos, que representam dois terços da nota, e pesquisas de opinião com executivos e empresários. No Brasil, a Fundação Dom Cabral (FDC), parceira do IMD, entrevistou mais de cem executivos, avaliando 336 indicadores no total.
Neste ano, houve uma avaliação positiva do desempenho econômico do Brasil, especialmente em termos de emprego e crescimento do PIB. No entanto, o país está entre os quatro piores em custo de capital, legislação trabalhista, contas públicas e barreiras tarifárias, aspectos que compõem as políticas governamentais.
Na área de educação, tanto básica quanto superior, o Brasil ocupa a penúltima posição no ranking. Quanto ao acesso das empresas ao crédito, o país está na última colocação.
Desde 2020, quando ocupava a 56ª posição, o Brasil caiu seis posições, seja pela inclusão de economias mais competitivas, seja por ter sido ultrapassado por países como Eslováquia, Jordânia e Croácia.
Os países com melhor posição no estudo — Singapura, Suíça e Dinamarca neste ano — destacam-se por políticas públicas eficazes, infraestrutura avançada e educação básica sólida, criando um ambiente propício à inovação e aos investimentos.