BRASIL, 16 de março de 2024 – A nova edição do Índice de Liberdade Econômica da Heritage Foundation, divulgada recentemente, revela uma queda na posição do Brasil, colocando-o em 124º lugar entre 184 países avaliados.
Isso indica que 123 nações, incluindo Bangladesh, Costa do Marfim, Camboja e Angola, possuem uma economia mais livre que a brasileira. A classificação reflete uma tendência de estagnação e até mesmo regressão nas políticas que regem a liberdade econômica no país.
Embora o Brasil tenha melhorado ligeiramente sua posição em comparação com o ano anterior, graças à piora de outros países, sua pontuação caiu 0,3 ponto, ficando em 53,2 em uma escala que vai até 100.
Essa pontuação está abaixo da média global (58,6 pontos) e da média regional (58 pontos), mostrando uma lacuna significativa em relação a outros países.
Na América Latina, o Brasil está na 26ª posição entre 32 nações, o que destaca um desempenho abaixo do esperado na região. Apesar disso, a economia brasileira ainda supera as de alguns países vizinhos, como Argentina, Haiti, Suriname, Bolívia, Venezuela e Cuba.
No entanto, está longe de alcançar o desempenho do Chile, que lidera a lista na América Latina com 71,4 pontos, ultrapassando até mesmo os Estados Unidos, que obtiveram 70,1 pontos.
Um dos principais pontos destacados pelo relatório da Heritage Foundation é a preocupação com a corrupção e os direitos de propriedade no Brasil, que são considerados relativamente baixos.
Além disso, o sistema judicial do país é visto como vulnerável à influência política, o que pode minar a segurança jurídica necessária para um ambiente de negócios saudável.
Outro aspecto ressaltado é o tamanho excessivo do setor público no Brasil, que continua a ser considerável e prejudicial ao desenvolvimento de um setor privado vibrante e dinâmico.