O Ministério Público Eleitoral defendeu de forma sigilosa que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) seja condenado, perca seus direitos políticos e fique inelegível por 8 anos.
O motivo se deve pelo fato do MPE enxergar abuso de poder político nos ataques ao sistema eleitoral e às urnas eletrônicas durante uma reunião com embaixadores no Palácio da Alvorada, em julho de 2022. A manifestação foi encaminhada na noite dessa quarta (12) ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
Quanto ao pedido de inelegibilidade do candidato na chapa a vice-presidente, general Braga Netto (PL), o MP Eleitoral, no entanto, se manifestou contrário. Vale ressaltar que a manifestação do Ministério Público é a última etapa da chamada fase de “alegações finais“. Com o parecer de Gonet, a ação está pronta para a elaboração do voto do relator, e depois, caberá ao ministro Alexandre de Moraes, presidente do TSE, pautar o tema.
Nesta ação, a perícia da minuta encontrada na casa do ex-ministro da Justiça Anderson Torres com propostas para reverter o resultado das eleições de 2022 apreendida pela PF (Polícia Federal) está entre as provas que fazem parte do processo. Só que em depoimento prestado à PF, Torres classificou a minuta de “lixo, loucura e folclore” e alegou que se tratou de um “incidente”, sem especificar a origem do documento e nem informar quem o teria repassado.
A ação é a que está mais avançada dentre os processos que Bolsonaro responde no TSE.