Na semana passada o ex-governador e futuro ministro da Justiça, Flávio Dino (PSB), passava por seu pior momento em relação ao cargo que sequer assumira. A vontade de aparecer, somada a indicações atabalhoados de dois membros para o Ministério da Justiça, colocaram a competência e as intenções do comunista em dúvida. A primeira crise do governo Lula havia sido desencadeada pelo maranhense e o momento era turbulento.
Ocorre que a saída para Flávio Dino veio de onde ele menos esperava: dos bolsonaristas acampados nas portas de quartéis.
Como se já bastasse a desaprovação da opinião pública, as ameaças de bombas em Brasília e a prisão de George Washington de Oliveira Sousa com um arsenal em sua posse simplesmente passaram uma borracha nos erros de Dino.
Imediatamente o tímido e acuado futuro ministro reincorporou o espírito de xerife da próxima gestão e voltou a desfilar sua forma arredondada nos canais de televisão e sua retórica sedutora aos jornalistas de plantão.
Homens argutos como Flávio Dino não costumam perdoar ou deixar passar erros de adversários. Errar contra eles é, quase sempre, fatal.
Imediatamente o comunista revigorou-se com a debilidade do bolsonarismo de porta de quartel e voltou a ocupar lugar de destaque na gestão.
Graças ao bolsonarismo desmiolado que clama por um golpexadrez4dartigo142intervençãonãoégolpe e blá-blá-blá, Dino reconquistou seu prestígio.
O único efeito político prático desse movimento foi providenciar o ambiente propício ao “nascimento” de tipos como George Washington de Oliveira Sousa. O homem que fez o Brasil esquecer dos erros de Flávio Dino.
Assim que tomar posse, Dino irá promover uma ampla investigação contra o máximo de bolsonaristas de porta de quartel que puder.
Pelo nível das bobagens que são escritas em público nas redes sociais, em que copos de plástico e tampas de garrafas d’água são encaradas como códigos da maior operação militar de todos os tempos no Brasil que só acontece na cabeça de gente doente, imagina-se o que os investigadores de Dino irão encontrar nesses telefones. Tsc, tsc, tsc…
Flávio Dino então terá o que apresentar, terá a quem prender e, acima de tudo, terá em suas mãos todas as possibilidades de amedrontar a população e, assim, conseguir dela a autorização para caçar bolsonaristas à vontade.
O bolsonarismo de quartel vai dar a Flávio Dino o inimigo imaginário dos sonhos de qualquer político.
Quem diria que, quando começaram estes movimentos, o único resultado prático deles seria tirar a atenção de barbeiragens de Flávio Dino e preparar da forma mais eficaz possível o terreno da perseguição política e da espetacularização da prisão de imbecis.
O único efeito político prático dessa bobagem em porta de quartel foi propiciar ao ex-governador e futuro ministros bandeiras que ele irá segurar e balançar com todo os senso estratégico que a inteligência pode propiciar.
Respostas de 2
Esse ministro nasceu fadado ao fracasso
E se esse tal de louco-terrorista não for um patriota e sim um X9? Esses comunistas brasileiro apoiado pelo eurocomunistas podem fazer pedra dar água.