
Na semana passada o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) acusou o ministro do Supremo Tribunal Federal de fazer política no tribunal. Apesar da repercussão, essa não foi a primeira vez que Barroso é acusado de deixar suas preferências políticas falarem mais alto que o caráter técnico em suas decisões.
Em 25 de fevereiro de 2014, durante o julgamento da quadrilha chefiada pelo ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu, Joaquim Barbosa acusou Barroso de tomar decisões políticas. fez “discurso político” no plenário.
“A sua decisão não é técnica, ministro. Ela é simplesmente política. É isso que estou dizendo”, afirmou Barbosa a um Roberto Barroso cabisbaixo.
Na ocasião a ministra Cármen Lúcia, Ricardo Lewandowski, Dias Toffoli e Barroso votaram pela absolvição dos oito condenados pelo crime de formação de quadrilha no caso do Mensalão.
Barroso argumentou que as penas fixadas para os condenados foram elevadas. Durante sua fala, foi diversas vezes interrompido por Joaquim Barbosa de ser conivente com a corrupção.
“Leniência é o que está se encaminhando com a contribuição de vossa excelência. É discurso político e contribui para aquilo que se quer combater. É simples dizer que o sistema político é corrupto, que a corrupção está na base das instituições. E, quando se tem a oportunidade de usar o sistema jurídico para coibir essas nódoas, parte para a consolidação daquilo que aponta como destoante.”
Quando Barroso tentou estimar qual seria o resultado com base nos votos já dados, Barbosa afirmou que ele tentava “proclamar o resultado do julgamento” e sugeriu que a posição do ministro já tinha sido adotada quando ele tomou posse como ministro do Supremo.
“Já disse qual seria o placar antes mesmo que o colegiado tivesse votado. A fórmula está pronta. Indago se já a tinha pronta antes de chegar a este tribunal. Parece que sim. O tribunal não deliberou no vácuo, não exerceu arbitrariedade. Os fatos são graves, gravíssimos. De maneira que, trazer para o plenário do Supremo Tribunal Federal um discurso político, me parece inapropriado.” Apesar dos ataques de Barbosa serem muito mais severos que a fala de Bolsonaro na semana passada, nãos e tem registro da mesma repercussão na imprensa.
Todo o STF age fazendo POLITICALHA, a convivência com o errado é visível. São rabos presos.