Símbolo máximo da pobreza moral da política no interior do Maranhão, ex-prefeita de Bom Jardim, Lidiane Leite, foi condenada a seis anos e quatro meses de reclusão, no regime semiaberto, por roubar mais de R$ 3 milhões dos cofres públicos. Esta já é a segunda condenação da ex-prefeita que, acreditem, responde aos processos em liberdade.
Lidiane Leite ficou conhecida nacionalmente após episódios envolvendo sua vida fácil na internet e sua gestão à Frente da Prefeitura de Bom Jardim. Após as acusações do MP, ficou comprovado pela Justiça de que a farra nas redes sociais era custeada com dinheiro público.
Lidiane ganhou a alcunha de “prefeita ostentação” após as aparições nas redes sociais e os roubos. Um equívoco, segundo a opinião deste que vos escreve.
A “ostentação” de um gestor público tem, ou deveria ter, como característica o bem-estar da população e uma gestão exitosa. Não se tratava de uma “prefeita ostentação”, mas de uma “bandida ostentação” (isso tendo como base as acusações do MP e a decisão judicial).
Nesta semana Lidiane Leite sofreu sua segunda condenação. Agora a ladra, segundo o Ministério Público, acumula 20 anos de cadeia no “currículo”. Ela já havia sido condenada anteriormente a 14 anos de reclusão em outro processo. Atualmente, ela recorre em liberdade dessa sentença.
Nessa segunda condenação, além de Lidiane, também foram condenados Humberto Dantas dos Santos, o ‘Beto Rocha’, Antonio Oliveira da Silva, José Ribamar Oliveira Rego Júnior, Rodolfo Rodrigo Costa Neto, Márcio Magno Ferreira Pontes e Macson Mota Sá. Todos podem recorrer em liberdade da decisão. As penas foram assim distribuídas:
Segundo o MP, o convênio firmado com a empresa RJ Construções, vencedora da licitação, era de R$ 2,1 milhões, quantia inferior aos R$ 3,5 milhões que foram desviados. O promotor Fábio Santos diz ainda que não houve concorrência na licitação e que todo o esquema foi montado para que a RJ Construções fosse beneficiada.