
MARANHÃO, 21 de novembro de 2025 – Institutos de previdência de Estados e municípios aplicaram R$ 1,87 bilhão em títulos do Banco Master, agora em liquidação judicial pelo Banco Central.
A concentração em um único emissor, que chegou a 19,9% do patrimônio em Itaguaí (RJ), foi permitida por uma brecha regulatória. Com a decisão do BC devido à falta de liquidez e violações graves, eventuais perdas deverão ser cobertas pelos entes federativos.
O Rioprevidência, fundo do estado do Rio, aplicou o maior valor absoluto: R$ 970 milhões, equivalentes a 10,53% do seu patrimônio. Além disso, outros municípios registraram exposição financeira significativa, como São Roque (17,9%), Fátima do Sul (15,8%), Cajamar (13,8%) e Maceió (7,98%).
O estado do Amapá aplicou R$ 400 milhões, ou 4,8% de seus recursos previdenciários.
As entidades afirmam que as aplicações cumpriam a regra do Conselho Monetário Nacional, que permite investir até 20% do patrimônio em títulos de bancos autorizados pelo BC. No entanto, a norma não estabelece um limite por emissor, o que possibilitou a alta exposição financeira.
Esta brecha contrasta com regras mais rígidas para outros investimentos, como fundos de renda fixa privados.
Técnicos do governo avaliam que o caso revelou uma vulnerabilidade nos regimes próprios de previdência. Eles consideram as letras financeiras como o “calcanhar de Aquiles” desses fundos, pois outros investimentos sofreram endurecimento regulatório, mas as emissões bancárias mantiveram brechas.







