opções

RISCO

Avanço de Eduardo Braide deveria preocupar Brandão?

Compartilhe
Hegemonia de Eduardo Braide na política da capital pode ressoar pelo Maranhão pode catapultar prefeito ao posto de grande adversário do grupo governista.

Uma das leis mais indiscutíveis da política versa a respeito da ausência de espaço vazio. Não existe lacuna na política. Sempre será ocupado por alguém. Seja por méritos próprios, falta de concorrência ou simplesmente por desleixo de adversários. Desde 2020, Eduardo Braide cresce no espaço vazio que as circunstâncias lhe proporcionaram. Se continuar assim, chegará a 2026 com musculatura política que deveria preocupar o Palácio dos Leões.

Por que Eduardo Braide deveria ser uma preocupação para o grupo capitaneado por Carlos Brandão? Primeiro, partimos do pressuposto de que ele demonstra diuturnamente certa predisposição para disputar as eleições de 2026. Por quê? Por que saiu vitorioso das eleições de 2024? E, mesmo assim, dá a entender que vai manter a ofensiva publicitária e política sobre o eleitor da capital.

Braide está reeleito. A manutenção das táticas que o fizeram um dos prefeitos mais populares de São Luís evidencia seu desejo de consolidar-se ainda mais na capital. E essa consolidação, invariavelmente irá ecoar pelo resto do estado.

Pode ser que não aconteça, mas Braide sugere que planeja se candidatar em 2026.

GOVERNO LENIENTE

Quando Braide assumiu a Prefeitura em 2020, esperava-se que coubesse ao ex-governador Flávio Dino o confronto político com o prefeito oposicionista. Contudo, Flávio transformou-se em um político de abrangência nacional e seu embate com o prefeito perdeu importância. Sem adversários, Braide ainda contou com a sorte de assumir São Luís em seu melhor momento orçamentário em todos os tempos.

Para completar o cenário, o prefeito ainda contou com a oposição quebradiça de uma câmara de vereadores. Uma mistura de trampolim e saco de pancada que, a cada movimento contra Braide, deixava o prefeito mais e mais fortalecido.

As disputas internas no grupo após a saída de Flávio Dino deixaram Braide ainda mais confortável. Além disso, a falta de convicção sobre a candidatura do deputado federal Duarte Jr, deixou o prefeito mais livre no período que antecedeu a eleição.

Mesmo assim, a ausência de oposição e estratégias definidas (que deveria passar pelo fortalecimento de Duarte Jr no período anterior à eleição) pode ser justificada. O governo foi leniente politicamente em relação à São Luís.

FUTURO

Faltam dois anos para a eleição de 2026. Pleito que irá definir a consolidação do gripo comandado por Brandão, ou deixar a política em aberto. Caso Braide mantenha seu viés de crescimento sem ser incomodado, chegará muito mais forte do que já é hoje. EstEstará em condições de ser um candidato competitivo.

Neste aspecto, só restaria ao governo dar ao deputado federal Duarte Jr o apoio total que só lhe é dado de forma parcial em época de campanha desde já. A única tática no horizonte, como já mostrou o passado, seria a revalidação da Gerência Metropolitana. Ter Duarte Jr como ocupante do cargo, com influência transversal em todos os erviços, seria um grande problema para Braide.

Mas, ainda resta o mais radical dos futuros na linha do horizonte. Braide também pode chegar a 2026 não como adversário, mas como aliado. Serão duas vagas para o Senado. Caso Braide se predisponha a apoiar o governo, será dificilmente negada uma destas duas vagas a ele.

Possibilidade impossível? Nunca! Braide e Brandão são frutos da mesma árvore chamada Zé Reinaldo Tavares. Uma composição entre os dois tornaria a eleição fácil.

Compartilhe

Leia mais

RISCO

Avanço de Eduardo Braide deveria preocupar Brandão?

RISCO

Avanço de Eduardo Braide deveria preocupar Brandão?

Olavo de Carvalo

Bobinha

Olavo de Carvalo

Bobinha

DESEMPENHO

Eleições de São Luís: a consolidação de Braide e o declínio de Wellington do Curso

DESEMPENHO

Eleições de São Luís: a consolidação de Braide e o declínio de Wellington do Curso

Uma resposta

  1. Foi a falta de um líder que fez Bolsonaro surgir como candidato a presidente em 2018. Tudo o que a direita conquistou via manifestações de rua, o combate à corrupção fortalecido com tudo isso, a direita não tinha um líder, um nome que despontasse. Bolsonaro chegou, se apossou das bandeiras de lutar, se fez antissistema, foi eleito, e o resultado catastrófico. Hj o PT está de volta, Lula reabilitado, e grande parte da direita ainda está presa no cordão umbilical do maior estelionatário político do Brasil: Bolsonaro. No Maranhão, o grupo dinista rachou e está enfraquecido. Não há ninguém com habilidades para formar um novo grupo coeso, e esta lacuna pode ser preenchida por um líder tosco a exemplo de Bolsonaro.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Propaganda

SEMINARIO DE FILOSOFIA

Gostaríamos de usar cookies para melhorar sua experiência.

Visite nossa página de consentimento de cookies para gerenciar suas preferências.

Conheça nossa política de privacidade.