
BRASÍLIA, 25 de julho de 2025 – Uma auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU) detectou o pagamento de R$ 4,4 bilhões a pessoas já falecidas entre 2016 e fevereiro de 2025.
Os valores incluem benefícios previdenciários, trabalhistas, salários de servidores ativos e auxílios como o Bolsa Família. O problema ocorreu devido a falhas no Sistema Nacional de Informações de Registro Civil (Sirc), que não atualizou corretamente os dados de óbitos.
A auditoria do TCU aponta que o Sirc deixou de registrar cerca de 13,1 milhões de mortes, permitindo que os pagamentos continuassem indevidamente. Inicialmente, o ministro Jorge Oliveira citou R$ 2,7 bilhões em irregularidades até 2024, mas o valor foi atualizado após a inclusão de dados até fevereiro de 2025.
Em fevereiro deste ano, foram identificados R$ 21,2 milhões em benefícios previdenciários pagos a mais de 11 mil pessoas com registro de óbito no Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM). Além disso, 650 servidores públicos, aposentados ou pensionistas receberam R$ 3,6 milhões, mesmo com indícios de falecimento.
O programa Bolsa Família repassou R$ 580 mil a 971 beneficiários já mortos, segundo o SIM.







