
O clima de insegurança e confusão absoluta na área econômica do governo Lula parece, enfim, ter sido instaurada oficialmente. Após semanas conturbadas em que o presidente centrou fogo na autonomia do Banco Central e foi rechaçado pelos presidentes da Câmara e do Senado, a confusão migrou para a própria equipe de Lula e uma guerra civil pode ser inevitável.
Ao que tudo indica, o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, vai promover um seminário para sugerir ao governo um novo arcabouço fiscal. A notícia pegou de surpresa Fernando Haddad, ministro da Fazenda, e Simone Tebet, ministra do Planejamento, e soou como invasão.
A iniciativa de Mercadante é vista pela equipe econômica como uma intromissão do BNDES nos assuntos da Fazenda, que é a quem cabe elaborar a política fiscal do governo. Aliados de Haddad acreditam que Mercadante está preparando uma proposta diferente da Fazenda que deve ser apresentada por Haddad e Tebet.
Marcante já atropelou propostas de Haddad em um passado recente. Quando o ministro da Fazenda declarou ser a favor da volta da cobrança do ICMS sobre combustíveis, Mercadante e outros petistas convenceram Lula a manter a isenção e “derrotaram” Haddad.
Além do seminário, Mercadante afirmou que o banco vai debater o assunto em uma comissão interna, que conta com a participação do economista André Lara Resende. “O resultado do debate será entregue ao Haddad e a Lula”, disse ele em entrevista ao SBT. “Aqui, tudo vai para o Lula.”
O rota de colisão entre Haddad e Mercadante se torna a cada dia mais inevitável.
Linhares, quem está se movimentando pra impedir o absurdo que é a posse do sobrinho de Brandão no TCE? Essas práticas estão ficando (ou já ficaram) normais e que oposição é essa que temos?