
BRASÍLIA, 22 de setembro de 2025 – O Ministério da Saúde planeja destinar R$ 3,74 bilhões à Agência Brasileira de Apoio à Gestão do SUS (AgSUS) em 2026, valor que triplica as verbas anteriores.
A decisão, comunicada nesta semana, centraliza na AgSUS a execução de políticas federais, incluindo a contratação de profissionais e a gestão de unidades móveis para pequenas cirurgias em áreas remotas. O ministro Alexandre Padilha afirmou que o objetivo é fazer com que recursos estruturais alcancem vários municípios simultaneamente.
Além disso, a AgSUS assumirá ações em rodovias e na saúde indígena, expandindo suas funções originais de 2019. Um projeto de lei no Congresso Nacional autoriza o uso de emendas parlamentares para financiar essas atividades.
No entanto, essa possibilidade preocupa gestores do SUS, que temem o uso político dos recursos, citando casos como o da Codevasf. Por outro lado, o ministro defende o modelo como forma de dar mais eficiência ao gasto público.
A AgSUS opera como uma entidade privada sem fins lucrativos, o que permite contratações mais ágeis, porém com menos exigências de transparência.
A agência garante cumprir a lei e sofre supervisão de órgãos de controle. Entretanto, o Tribunal de Contas da União (TCU) realiza auditoria em processos seletivos após denúncia de favorecimento.
O Ministério da Saúde nega qualquer irregularidade e destacou uma economia de 9% nas contratações recentes.







