EXTRAÇÃO FORÇADA DE ÓRGÃOS

Advogado de direitos humanos denuncia genocídio lento da China

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Muitos países e políticos ficaram informados sobre o assunto por meio dos esforços de Matas, Kilgour e adeptos do Falun Gong.

China, 1º de junho de 2023 – A extração forçada de órgãos na China, que tem sido classificada como um “genocídio lento”, tem recebido destaque graças aos esforços de um advogado de direitos humanos. Há mais de 15 anos, o advogado David Matas e o falecido David Kilgour iniciaram uma investigação pioneira sobre essa prática chocante.

Em março de 2023, o Congresso dos Estados Unidos aprovou a Lei de Combate a Extração Forçada de Órgãos, marcando um importante passo na luta contra a atrocidade. A legislação tem como objetivo punir qualquer pessoa envolvida no tráfico de órgãos obtidos por meio da extração forçada. Além disso, exige relatórios anuais sobre essas atividades em países estrangeiros e estabelece penalidades graves para os infratores.

Durante sua investigação, Matas e Kilgour descobriram evidências alarmantes. Praticantes do Falun Gong, uma prática espiritual perseguida na China desde 1999, eram alvo dessa brutal violação de direitos humanos. O Falun Gong se tornou uma ameaça à hegemonia do Partido Comunista Chinês, o que desencadeou a perseguição contra seus seguidores.

Os advogados encontraram um padrão de testes sanguíneos e exames de órgãos exclusivamente em praticantes do Falun Gong. Além disso, por meio de ligações telefônicas, obtiveram confirmação de médicos chineses sobre a disponibilidade de órgãos desses praticantes.

Matas ressaltou que a extração forçada de órgãos é um genocídio lento, estendendo-se por décadas. Embora alguns praticantes do Falun Gong possam renunciar à prática para evitar serem mortos por seus órgãos, isso não diminui a natureza genocida desses assassinatos. O objetivo do Partido Comunista Chinês era eliminar o Falun Gong devido à sua crescente popularidade e não apenas por motivos financeiros.

Embora alguns progressos tenham sido feitos, como a aprovação de legislações extraterritoriais em vários países, ainda há um longo caminho a percorrer. A conscientização sobre essa questão tem se espalhado, mas é necessário que mais países adotem medidas para combater esse grave abuso dos direitos humanos.

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