ESPIONAGEM

Abin executou ação hacker contra governo do Paraguai

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Abin espionagem
Revelação de que a Abin teria conduzido uma operação de espionagem contra autoridades do governo do Paraguai gerou repercussão na imprensa do país vizinho.

BRASÍLIA, 1º de abril de 2025 –  A Agência Brasileira de Inteligência (Abin) realizou uma operação hacker contra o governo do Paraguai, segundo depoimento de um servidor da agência à Polícia Federal. O caso, divulgado pelo portal UOL nesta segunda-feira (31), revela que a ação teve como alvo dados de autoridades paraguaias e ocorreu meses antes da renegociação do acordo sobre os valores pagos pelo Brasil pela energia da Usina de Itaipu, em maio de 2024.

De acordo com o agente da Abin, a invasão utilizou o programa Cobalt Strike, ferramenta de intrusão em dispositivos eletrônicos.

Os ataques partiram de servidores montados no Chile e no Panamá e tinham como objetivo acessar informações do anexo C do tratado de Itaipu. Esse trecho do acordo, assinado em 1973, define as bases financeiras para a comercialização de energia entre os dois países. O Paraguai vende seu excedente energético ao Brasil e, nos últimos anos, vinha pressionando por um reajuste nos valores pagos.

A operação da Abin, segundo o depoimento, permitiu a captura de senhas e informações de cinco ou seis autoridades paraguaias. O objetivo seria fornecer ao governo brasileiro dados estratégicos para as negociações sobre Itaipu.

Em maio de 2024, o Brasil, sob liderança do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, concordou em aumentar as tarifas pagas ao Paraguai, mas em um valor inferior ao inicialmente solicitado pelo país vizinho.

O depoente afirmou que a ação foi aprovada pela cúpula da Abin, incluindo o então diretor Victor Carneiro, no governo de Jair Bolsonaro, e o atual diretor, Luiz Fernando Corrêa. “Luiz Fernando teria vibrado, gostou muito, que era a primeira vez que se sentia numa atividade de inteligência”, relatou o agente.

Corrêa, delegado aposentado da Polícia Federal e ex-comandante da corporação no segundo governo Lula, assumiu o comando da Abin no início do terceiro mandato do presidente. Sua nomeação gerou tensões internas, especialmente com Andrei Rodrigues, atual diretor da PF, que defendia outro nome para o cargo. Nos bastidores, a investigação sobre a atuação de Corrêa à frente da Abin é vista como parte dessa disputa dentro do governo.

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