REDE DE MENTIRAS: O Maranhão ganhou mais um instituo de pesquisa. Trata-se do EPO (Estratégia Pesquisas de Opinião), que divulgou uma pesquisa de caráter duvidoso sobre o ambiente político. Por que duvidosa? Pelo simples fato de praticar o esporte preferido dos institutos de pesquisa: impor delírios como se estes fossem dados da realidade.
FOREST GUMP: Com todo respeito à vereadora Fátima Araújo (PCdoB), mas divulgar uma pesquisa em que a parlamentar ocupa o posto de mais influente da Câmara Municipal é acreditar que o consumidor de pesquisas é burro.
Pior que isso: Fátima Araújo possui quase o triplo de impressões sobre sua influência na Câmara do que o presidente da Casa, Paulo Victor (PCdoB).
A lista dos vereadores mais atuantes é a seguinte: Fátima Araújo (4,2%), Marquinhos (3,8%), Andrey Monteiro (3%), Nato Júnior (2,4%), Marcial Lima (1,8%), Beto Castro (1,6%), Daniel Oliveira (1,6%), Astro de Ogum (1,6%), Paulo Victor (1,6%) e Raimundo Penha (1,4%).
A TEORIA DE TUDO: Uma gota de retranca na realidade aqui e outra acolá em um enorme oceano de delírios. Esta é a análise da pesquisa do tal EPO.
Em relação aos vereadores, uma análise rápida da exposição, articulação e prestígio político dos parlamentares da Câmara de São Luís mostra ser IMPOSSÍVEL a liderança de Fátima Araújo no quesito atuação.
Fátima Araújo não está no núcleo político da casa, não protagoniza discussões, não lidera, não faz oposição e nem defesa da gestão municipal, não apresentou projetos de apelo popular e muito menos envolveu-se em situações de grande ressonância social nos últimos meses.
Os números da pesquisa são desconexos de qualquer relação MÍNIMA com a realidade.
É óbvio que a situação não pode ser uma mentira escancarada ou, talvez, tratar-se apenas de um erro metodológico. Contudo, se a seriedade e rigor científico fossem parâmetros do tal instituto, uma aberração desta natureza não seria publicada como o foi.
OS FANTASMAS SE DIVERTEM: As eleições de 2022 trouxeram um dado da realidade dificultoso para o ex-prefeito Edivaldo Holanda Jr: em uma disputa com outros políticos sem atuação na cidade, ele conseguiu terminar em 4º lugar. O desempenho de Edivaldo, de certa forma, liquidou as pretensões políticas futuras do ex-prefeito. Contudo, para o EPO, nada aconteceu em 2022 que pudesse abalar Holanda.
Na pesquisa divulgada pelo instituto, o ex-pedetista aparece em 3º lugar das intenções e teve um crescimento de quase 50% em relação ao eleitorado da capital em uma eleição majoritária.
O EPO iniciou sua jornada divulgando uma pesquisa que traz diversas inconsistências.
O CULTO: No mais, é decepcionante constatar a corrida para analisar a tal pesquisa e usar seus números fajutos para prever alguma coisa.
Em tempos de clamor pela ciência, é bom ouvir os conselhos de Karl Popper. O filósofo dizia que não se busca nas coisas que sustentam uma tese a meta de sua validação, mas naquelas que a desabonam, que a negam. Este foi chamado de o “princípio da falseabilidade”. Se uma parte, ou várias partes, está errada, a tese/estudo/teoria não serve.
Usar a pesquisa EPO como ponto de partida para qualquer análise política é como ter na fábrica do Papai Noel o parâmetro para a oferta de presentes no Natal.
É isso.
Uma resposta
Piada boa conte-me outra kkkkk
Esse corte de Linhares foi tramontiniano