opções

SALVE-SE QUEM PUDER

Ana Paula Lobato
Pedido de exoneração foi apresentado ao Conselho Monetário Nacional na última sexta (24) pela senadora Ana Paula Lobato

SÃO LUÍS, 26 de junho de 2023 – Ao longo de sua trajetória política a simpática senadora Ana Paula Lobato (PSB) nunca demonstrou publicamente conhecimentos mínimos sobre economia básica. O que, de certo, não significa que não os possua. Cumpriu bem o papel de importante liderança local na Baixa Maranhense, a região mais miserável do Maranhão, e saiu-se bem como companheira do deputado estadual e ex-presidente da Assembleia, Othelino Neto. Recentemente ela protocolou um pedido de exoneração do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto.

DOIS LADOS DE MOEDAS DIFERENTES

Pois bem, aparentemente bastaram alguns meses para que a senadora desse um salto em sua atuação e, de liderança secundária regional, envergasse autoridade para questionar a política monetária do presidente do Banco Central, o economista Roberto Campos Neto.

Campos Neto é membro de uma linhagem de economistas, sendo neto do lendário Roberto Campos. Tem passagens pelas mais diversas instituições financeiras internacionais e recebeu, ao longo de seu mandato como presidente do Banco Central, diversos prêmios concedidos, em grande parte, por outros membros de bancos centrais do mundo.

Já Ana Paula Lobato, que protocolou o pedido de exoneração de Campos Neto da presidência do Banco Central no Conselho Monetário Nacional na última sexta (23), sustenta um diploma de enfermagem e um vazio absoluto no currículo de cargo, ocupação de função e/ou declaração sobre qualquer aspecto de macroeconomia, microeconomia e/ou educação financeira em todos os seus 40 anos de vida.

ATESTADO ASSINADO

O documento de pedido de exoneração de Campos Neto possui três páginas. E, acreditem, em uma boa parte dele tem como base indicadores positivos da política monetária comandada por… Campos Neto.

O documento assinado pela senadora atinge seu auge entre o 10º e 13º parágrafo da peça, Ana Paula Lobato apresenta e elogia os resultados da política monetária nacional como justificativa para a demissão do homem que toca a política econômica do país nos últimos quatro anos.

Diz o documento bisonho de Ana Paula Lobato:

Recentemente, o economista Robin Brooks, presidente do Instituto de Finanças Internacionais, declarou que o Brasil está se tornando um país com estabilidade externa e moeda forte, porquanto se verifica um crescente e persistente superávit comercial frente aos outros países da região, especialmente Argentina e México.

Também recentemente, a Standard and Poor’s, uma das três maiores agências de avaliação de riscos do mundo, aumentou a nota do Brasil, o que não ocorria havia quatro anos e ainda sinalizou que pode continuar melhorando a classificação do nosso país.

Registre-se, por sua relevância, a consistente queda que vem tendo a inflação, atingindo patamares inferiores aos do Primeiro Mundo.

Pode parecer mentira, mas a senadora maranhense teve a coragem de pedir o afastamento de Campos Neto enaltecendo os bons resultados da política monetária do próprio Campos Neto. E isso lançando mão na conversa fiada de “elevada taxa de juros” que anda fazendo a cabeça de gente leiga Brasil à fora.

Para quem se deu ao trabalho de ler o mínimo sobre política monetária, o que não parece ser o caso de Ana Paula Lobato, a elevação da taxa de juros é a principal arma de combate à inflação.

O fenômeno inflacionário atual é um fenômeno planetário. E as medidas monetárias aplicadas por Campos Neto ainda durante a pandemia não foram apenas elogiadas por seus pares em outros bancos centrais do mundo, mas copiadas.

Ainda no mês passado, para ficar em exemplo recente, o Banco Central dos EUA elevou sua taxa de juros e foi prontamente acompanhado pelo Banco Central Europeu. Mantendo uma tendência de alta nos últimos anos. Mas, talvez estejam todos certos e lá em alguma de suas aulas de enfermagem, tenha aprendo algumas teorias econômicas desconhecidas por economistas do mundo inteiro.

No mais, dois dias após o pedido de exoneração apresentado pela senadora, o Boletim Focus, divulgado hoje (26), diminuiu a estimativa inflacionária do Brasil em 2023 e aumentou a expectativa do PIB.

De um lado os fatos e vastos relatórios de quem entende, do outro as três páginas de Ana Paula Lobato.

ANA PAULA NO BANCO CENTRAL JÁ!

O fato é que talvez estejam todos errados em todo lugar ao mesmo tempo e o pedido da senadora/enfermeira Ana Paula Lobato deva ser levado em consideração. Quem sabe, não é? Quem sabe?

O presidente Lula poderia ir além e indicar a senadora para ocupar o cargo. O Brasil pode estar presenciando o nascimento de um prodígio na economia e não se dá conta disso. Quem sabe o nosso primeiro Prêmio Nobel recebido por um brasileiro não seja conquistado, na economia, pela Pinheirense?

Basta ter fé. Na falta de conhecimento e propriedade, é preciso apenas ter fé.

De resto, a postura de Ana Paula Lobato serve para evidenciar a completa inexistência de oposição no Senado. Duvido muito que algum senador ou deputado tenha a coragem de pedir à senadora Ana Paula Lobato uma explanação simples, coisa de 5 minutos, entre a relação que existe entre política monetária, taxa de juros e inflação.

Economia ou Comédia: Ana Paula Lobato quer tirar Campos Neto do Banco Central

Presidente do BC disse que pretende lançar moeda digital até 2025

A independência do Banco Central (BC) é importante para que o país pague menos juros, disse hoje (7) o presidente do órgão, Roberto Campos Neto. Em palestra transmitida pela internet em Miami, Estados Unidos, ele declarou que a autonomia do órgão, que vigora desde o ano passado, teve como principal ganho desvincular a atuação da autoridade monetária dos ciclos políticos.

“A principal razão, no caso da autonomia do Banco Central, é que desconecta o ciclo da política monetária do ciclo político, porque eles têm diferentes durações e interesses. Quanto mais independente você é, mais eficaz você é, menos o país pagará em termos de custo de ineficiência da política monetária”, declarou Campos Neto durante o evento 2023 Milken South Florida Dialogues, que trata de inovações digitais.

Segundo Campos Neto, a autonomia do BC permite a construção de agendas que ultrapassam interesses de determinado governo. Ele citou inovações como o Pix e o open finance (compartilhamento autorizado de dados entre instituições financeiras) como legados da gestão do ex-presidente do BC Ilan Goldfajn, atual presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), que estava no evento.

“Ilan está aqui. Começou um grande trabalho, falando sobre inovação. Então cheguei lá [no Banco Central], a pressão era muito grande, porque ele fez um trabalho maravilhoso e pensei. Como posso melhorar o que foi feito?”, disse.

As falas de Campos Neto ocorrem após várias críticas públicas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à autonomia do BC e aos juros altos. Ontem (6), durante a posse do presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante, Lula classificou de injustificável a manutenção da Taxa Selic – juros básicos da economia – em 13,75% ao ano.

“Se a classe empresarial não se manifestar, se acharem que vocês estão felizes com uma taxa de 13,5% [na verdade 13,75% ao ano], eles não vão abaixar os juros. Não existe nenhuma justificativa para que a taxa de juros esteja nesse patamar. É uma vergonha a taxa e a explicação que deram para a sociedade”, declarou Lula em discurso.

Moeda digital

Em sua palestra, Campos Neto disse que o BC está empenhado na criação do real digital. Segundo ele, a autoridade monetária pretende integrar a divisa digitalizada ao Pix e ao open finance.

Na apresentação distribuída aos participantes e divulgada pela assessoria do BC, os planos preveem que a Central Bank Digital Currency (CBDC, moeda digital do Banco Central na sigla em inglês) comece a operar como um projeto piloto em 2023 e seja lançada no fim de 2024 ou começo de 2025.

Campos Neto

Campos Neto defende autonomia do Banco Central em palestra nos EUA

Apostas Bets
Estimativa aponta que 5 milhões de beneficiários do programa realizaram apostas em plataformas esportivas utilizando Pix, segundo análise do Banco Central.

SÃO LUÍS, 25 de setembro de 2024 – O Banco Central (BC) divulgou que, em agosto de 2024, aproximadamente 5 milhões de beneficiários do Bolsa Família gastaram R$ 3 bilhões em apostas esportivas.

A informação foi compartilhada nesta terça (24), após uma análise do mercado de jogos on-line solicitada pelo senador Omar Aziz (PSD-AM). O parlamentar tem pressionado o governo por uma regulamentação rigorosa desse setor.

A análise do BC também apontou que 24 milhões de brasileiros realizaram transferências via Pix para plataformas de apostas em agosto. A faixa etária predominante é de 20 a 30 anos, com um gasto médio de R$ 100 mensais.

(mais…)
Apostas Bets

Beneficiários do Bolsa Família gastam R$ 3 bi em apostas

Galípolo Autarquia
Nomeação de Gabriel Galípolo para presidência do Banco Central, feita por Lula (PT), será um teste crucial para a independência da autarquia.

BRASÍLIA, 29 de agosto de 2024 – A nomeação de Gabriel Galípolo para a presidência do Banco Central, feita pelo presidente Lula (PT), será um teste crucial para a independência da autarquia.

Atual diretor de Política Econômica do BC, Galípolo assumirá o cargo no próximo ano, sucedendo Roberto Campos Neto, e estará sob intensa observação de agentes econômicos e políticos.

A principal dúvida é se ele manterá a postura técnica que adotou recentemente como membro do Comitê de Política Monetária (Copom) ou se cederá às pressões do presidente Lula, que frequentemente criticou a política restritiva de juros.

O Copom ainda se reunirá duas vezes em 2024, em setembro e novembro, para definir a taxa Selic, atualmente em 10,5%.

Evandro Buccini, sócio da Rio Bravo Investimentos, sugere que Galípolo pode votar por um aumento nos juros na próxima reunião para ganhar credibilidade. Camila Abdelmalack, economista-chefe da Veedha Investimento, acredita que o mercado estará atento ao posicionamento de Gabriel.

A maior expectativa, no entanto, recai sobre a nova composição do Copom a partir de 2025. Com a presidência sob Galípolo e outras duas nomeações de Lula para a diretoria do BC, sete dos nove membros do Copom terão sido indicados pelo presidente.

(mais…)
Galípolo Autarquia

Indicação de Galípolo gera expectativa sobre independência do BC

Governo Lula
Essas constatações foram destacadas em um artigo da revista britânica The Economist, publicado na última quinta (18).

BRASIL, 22 de julho de 2024 – Um artigo da revista britânica The Economist, publicado na última quinta (18), aponta que o governo Lula leva Brasil ao caminho do declínio.

De janeiro até a metade de junho de 2024, o real acumulou uma desvalorização de 17% em relação ao dólar, registrando o pior desempenho entre as principais moedas globais. Além disso, a bolsa de valores caiu 8%, apesar da recuperação em outros mercados emergentes.

A publicação atribui esses resultados ao ceticismo dos investidores sobre o compromisso de Lula (PT) com políticas fiscais e monetárias responsáveis e ao seu retorno a uma abordagem de Estado grande.

Em resposta, Lula e sua esposa, Janja, têm intensificado o apoio ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para reduzir o déficit fiscal. O mercado reagiu positivamente, com o real valorizando cerca de 5% e o Ibovespa também apresentando alta.

No entanto, The Economist observa que a situação continua incerta. O governo Lula é criticado por altos níveis de gasto e por interferências em empresas estatais.

Um exemplo é o próximo término do mandato de Roberto Campos Neto como presidente do Banco Central, que, apesar de sua independência desde 2021, pode ter seis dos nove novos membros indicados por Lula.

A preocupação imediata gira em torno das finanças públicas. Após dois anos de superávits primários, o Fundo Monetário Internacional (FMI) estima que o Brasil registrou um déficit primário de 2% do PIB em 2023, prevendo uma redução para 0,7% este ano.

The Economist aponta que a política fiscal frouxa requer uma política monetária restritiva para controlar a inflação, o que tem ampliado o déficit global para 9,4% do PIB, em comparação com 5,8% no período anterior.

A dívida pública, que era de 60% do PIB em 2011, pode atingir 95% em 2029, segundo o FMI.

O artigo também ressalta que o aumento dos gastos de Lula não é totalmente oriundo do governo anterior, de Jair Bolsonaro (PL). Os gastos deste ano subiram 13% em termos reais em relação ao ano passado.

Lula também ampliou os benefícios sociais, aumentando o salário mínimo acima da inflação, o que elevou os gastos com segurança social em 10% anuais, e introduziu novas políticas industriais que devem custar R$ 1,3 bilhão até 2026.

Para conter a dívida, Haddad estabeleceu um novo arcabouço fiscal, que limita o crescimento dos gastos do governo a 2,5% reais por ano e prometeu eliminar o déficit primário neste ano.

No entanto, em abril, ele pediu ao Congresso que suavizasse as metas fiscais, gerando temores de que o governo não esteja comprometido com o equilíbrio das contas.

A pressão sobre o Banco Central e a dificuldade em reduzir a Selic, atualmente em 10,5%, são fatores adicionais de preocupação. O Partido dos Trabalhadores (PT) moveu uma ação contra Campos Neto para impedir declarações políticas, complicando ainda mais a política monetária.

Embora The Economist não preveja uma crise financeira imediata devido às reservas de US$ 360 bilhões do Banco Central, a revista adverte que o Brasil não pode se dar ao luxo de ser complacente.

O envelhecimento da população, o aumento dos gastos com a Previdência, a estagnação da produtividade, a deficiência na educação e a infraestrutura deficiente são desafios que permanecem.

O artigo conclui que, apesar das expectativas de que preços elevados de matérias-primas e subsídios possam reanimar a economia, há poucas evidências de que essa abordagem seja eficaz.

Governo Lula

The Economist: Governo Lula leva Brasil ao caminho do declínio

Copom Selic
Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil se reúne nesta quarta (19) para deliberar sobre a taxa básica de juros.

BRASÍLIA, 18 de junho de 2024 – O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil se reúne hoje para deliberar sobre a taxa básica de juros, a Selic, em um contexto de incertezas econômicas ampliadas pela recente valorização do dólar e aumento da inflação.

Esta reunião é crucial, pois pode marcar o fim do ciclo de cortes iniciado em agosto do ano passado ou resultar em mais uma redução marginal de 0,25 pontos percentuais.

Nos últimos meses, o Copom adotou uma postura cautelosa, com seis cortes de 0,5 ponto percentual e um de 0,25 ponto percentual em maio.

A expectativa do mercado, conforme indicado pelo boletim Focus, é que a Selic permaneça em 10,5% ao ano até o final de 2024, uma revisão para cima em relação aos prognósticos anteriores.

(mais…)
Copom Selic

Copom decide hoje sobre a Selic em meio a críticas de Lula

Economia Brasil
Desde a sua criação em 1968, Ibovespa nunca havia caído 13 dias seguidos. Falta de perspectiva de melhora da economia podem explicar quedas.

BRASIL, 18 de agosto de 2023 – Nesta sexta, Ibovespa teve a primeira sessão de alta de agosto e interrompeu sequência histórica de 13 baixas. No entanto, o principal índice da Bolsa de Valores brasileira (B3) encerrou a sessão dessa quinta (17) em queda de 0,53%, aos 114.982,30 pontos. Foi a 13ª queda consecutiva. No mês, a queda foi de 5,71%. No ano, porém, a Bolsa continua em alta, de 4,78%.

O dólar comercial encerrou ficou estável e caiu 0,1%, encerrando o dia cotado a R$ 4,981.

O que aconteceu

A B3 confirmou oficialmente o recorde, dizendo que esta foi “a primeira vez que atingimos 13 quedas consecutivas”. Segundo a base de dados da própria instituição, a maior marca histórica recente se igualou ontem ao registro de 12 desvalorizações seguidas em 1970. Os dados mantidos por consultorias apontaram ainda a pior sequência seguinte, de fevereiro de 1984, quando a Bolsa caiu por 11 pregões.

A sequência de quedas vem após o Ibovespa acumular alta de quase 20% em quatro meses até o final de julho. No mês passado, o Ibovespa chegou a tocar 123 mil pontos. A série de desvalorização também segue a saída de estrangeiros da B3, com as vendas superando as compras em quase R$ 7,4 bilhões no mês até o dia 14. Entenda o que tem feito a Bolsa cair.

Cenário interno

A Fundação Getulio Vargas (FGV) informou mais cedo que o IGP-10 (Índice Geral de Preços-10) registrou queda de 0,13% em agosto, após recuar 1,10% no mês anterior, com a deflação perdendo força diante da retomada da pressão dos preços de algumas commodities.

Sobre o fim do parcelamento sem juros do cartão de crédito, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, reiterou que não propôs acabar com o programa, mas criar “desincentivos” para o crescimento da modalidade mais longa. Ele afirmou não ter visto o projeto final do Congresso sobre o tema.

“Não tem solução tomada sobre parcelado sem juros. A solução sobre rotativo e parcelado sem juros provavelmente será tomada pelo CMN [Conselho Monetário Nacional], e o Banco Central é apenas um voto. Precisamos ter uma solução que equilibre, porque não pode ter inadimplência tão grande em cartões que leve à reversão do produto”, Roberto Campos Neto, em entrevista ao Poder360.

Cenário externo

As ações da Nubank caíram em 6,28% na bolsa de valores estadunidense depois que o fundador da empresa, David Vélez, vendeu 3% de suas ações por US$191 milhões. O resultado surpreendeu o mercado, que esperava um lucro em torno de US$ 159 milhões. “O Nubank adicionou mais 4,6 milhões de clientes no trimestre, atingindo uma base de 83,7 milhões”, ressaltou Bank Of America, numa análise sobre o balanço trimestral.

O Banco do Povo da China afirmou que “alavancará melhor as funções duplas das ferramentas agregadas e estruturais de política monetária e apoiará firmemente a recuperação e o desenvolvimento da economia real”. A indicação do banco central chinês surge após o país apresentar, nos últimos dias, uma série de dados econômicos considerados fracos, pressionando as moedas de países exportadores de commodities, como o real.

Nos Estados Unidos, dados mostraram que os pedidos de auxílio-desemprego na última semana atingiram 239 mil, quase em linha com os 240 mil projetados por economistas. O resultado não alterou em um primeiro momento o rumo dos ativos, embora os investidores sigam atentos a todos os indicadores norte-americanos, em busca de pistas sobre os próximos passos da política monetária do Federal Reserve.

O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, inclusive o UOL, refere-se ao dólar comercial (saiba mais clicando aqui). Para quem vai viajar e precisa comprar moeda em corretoras de câmbio, o valor é bem mais alto.

Economia Brasil

Bolsa tem recorde histórico de 13 dias seguidos em queda

Lula e ministros
Rui Costa e Paulo Teixeira são esperados na CPI do MST; Senado recebe Campos Neto, enquanto o STF terá estreia de Zanin.

BRASÍLIA, 06 de agosto de 2023 – Com a retomada das atividades parlamentares na Câmara dos Deputados e no Senado Federal, a semana da política em Brasília volta suas atenções para as principais pautas do Congresso Nacional: o arcabouço fiscal e a reforma tributária.

Embora o novo conjunto de regras fiscais já tenha sido aprovado por deputados e senadores antes do recesso legislativo, a Câmara tem de validar as alterações antes do texto ir à sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o que impõe mais uma rodada de acordos, negociações e mudanças para a matéria.

Para esta semana, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), já antecipou que lideranças vão seguir com as discussões em torno do texto na segunda (7), e terça (8). De acordo com ele, devido à “falta de consenso” sobre as alterações, não é possível estabelecer uma data para que o arcabouço seja votado, podendo a discussão se arrastar “no mínimo” até 31 de agosto.

Destaque da última semana na Câmara, a CPI do MST tem a expectativa do depoimento de dois ministros de Estado: Rui Costa (PT), da Casa Civil, e Paulo Teixeira (PT-SP), do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, na quarta e quinta-feira, respectivamente. O colegiado pode ainda votar o requerimento de autoria do deputado Luciano Zucco (Republicanos-RS) para que a comissão seja prolongada por mais 60 dias.

A principal justificativa é a mais recente invasão do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) na sede da Embrapa, em Pernambuco. Por sua vez, a CPI das Apostas deve receber o presidente do Instituto Brasileiro do Jogo Responsável (IBJL), André Gelfi, e o presidente da Associação Nacional de Jogos e Loterias (ANJL), Wesley Callegari Cardia. Já a Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado vai discutir o impacto dos decretos de Lula no comércio de armas e funcionamento dos clubes de tiro.

Ainda no Congresso Nacional, a semana será marcada pela oitiva do ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Anderson Torres, na CPMI do 8 de Janeiro. O depoimento é fruto de requerimento apresentado pela relatora, senadora Eliziane Gama (PSD-MA). O também ex-ministro da Justiça deve ser questionado sobre as blitze feitas pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) no segundo turno das eleições de 2022, bem como sobre os atos de 8 de janeiro.

No rol do Senado Federal, o foco também fica para o início da discussão da reforma tributária. Além disso, os parlamentares vão receber na quinta (10), o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, para “apresentar relatório de inflação e relatório de estabilidade financeira, explicando as decisões tomadas no semestre anterior”.

Quanto ao Executivo, os olhares se voltam para as negociações de ministérios e cargos de segundo e terceiro escalões por Lula e membros do Centrão. Na última quinta (3), o deputado federal Celso Sabino (União-PA) tomou posse como novo ministro do Turismo, em cerimônia marcada pela presença dos deputados André Fufuca (PP-AL) e Silvio Costa Filho (Republicanos-PE), cotados para assumir pastas na futura reforma da Esplanada dos Ministérios.

Como o site da Jovem Pan mostrou, nos bastidores, o arcabouço fiscal é considerado o novo instrumento de barganha de Arthur Lira para obter de Lula os cargos já combinados antes do recesso. O político alagoano chegou a negar qualquer relação entre o adiamento da inclusão das regras fiscais na pauta com as tratativas políticas. Entretanto, o clima entre os dois azedou depois que o petista resolveu romper o combinado e segurar a reforma ministerial. Lula já adiantou que os anúncios sobre novos ministros devem ficar para seu retorno da Cúpula da Amazônia no Pará, que acontece na terça e na quarta-feira.

No Judiciário, a semana pode reservar o primeiro voto do ministro Cristiano Zanin no Supremo Tribunal Federal. O mais novo ministro, que ocupou a vaga de Ricardo Lewandoski na Corte, tomou posse na última quinta, dois meses após ser indicado pelo presidente ao cargo. Ele vai herdar 528 processos, incluindo ações que acusam o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) de omissão durante a pandemia de Covid-19 e o processo de investigação sobre desvios na destinação de verbas do chamado orçamento secreto.

Após adiamento do julgamento obre a descriminalização do porte de drogas para uso pessoal, nesta semana, o STF deve se debruçar sobre outro tema da pauta, incluindo a Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 5783, que questiona a fixação do prazo para a regularização fundiária dos territórios das comunidades tradicionais de fundo e fecho de pasto, no semiárido da Bahia; e a Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 6561, que questiona a criação do Cadastro Estadual de Usuários e Dependentes de Drogas.

Lula e ministros

Semana terá ministros de Lula ‘na mira’ de CPI e oitiva de Torres

Gostaríamos de usar cookies para melhorar sua experiência.

Visite nossa página de consentimento de cookies para gerenciar suas preferências.

Conheça nossa política de privacidade.