
TURILÂNDIA, 29 de dezembro de 2025 – O presidente da Câmara de Turilândia, José Luís Araújo Diniz (União Brasil), assumiu interinamente a Prefeitura do município maranhense nesta sexta (26), mesmo cumprindo prisão domiciliar e sendo investigado na Operação Tântalo II.
A mudança ocorreu após decisão do Tribunal de Justiça do Maranhão (TJMA) afastar o prefeito Paulo Curió e a vice Tânya Mendes.
A posse foi oficializada por portaria, que reconheceu a vacância temporária dos cargos. Dessa forma, a presidente da Câmara exerce o cargo máximo do Executivo municipal enquanto responde a investigações por desvio de recursos públicos.
O promotor Fernando Berniz, do Gaeco, esclareceu que a assunção interina do cargo está prevista na Lei Orgânica Municipal. No entanto, ele ressaltou que a autorização judicial vigente permite ao presidente da Câmara sair de casa apenas para sessões legislativas previamente marcadas.
Por isso, não há permissão para atuar presencialmente na Prefeitura. Conforme o promotor, qualquer deslocamento não autorizado pode resultar na revogação da prisão domiciliar e na ida para o sistema prisional comum.
Com a ida de José Luís Araújo Diniz para o Executivo, a vice-presidente do Legislativo, Inailce Nogueira Lopes, assumiu a chefia da Câmara interinamente.
A vereadora também cumpre prisão domiciliar, mas, segundo o Ministério Público, pode exercer a função por ser a vice-presidente. Além disso, a autorização judicial para ela segue as mesmas regras restritivas de deslocamento.
A assunção do presidente da Câmara ocorre no contexto da Operação Tântalo II, que apura desvios de R$ 56 milhões.
Cinco vereadores do município, incluindo Inailce Nogueira, tiveram a prisão preventiva convertida para domiciliar após se entregarem. São: Gilmar Carlos (União Brasil), Savio Araújo (PRD), Mizael Soares (União), Inailce Nogueira (União) e Ribinha Sampaio (União).
O prefeito e a vice-prefeita, por sua vez, foram encaminhados para o sistema prisional. De acordo com o MP-MA, a Justiça entendeu que os vereadores devem ficar em casa para que o município não fique sem comando político.







