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Governo Lula totaliza mais de 50 mil comissionados em 2025

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Lula comissionados
O volume de cargos comissionados no governo Lula atingiu um patamar inédito em novembro de 2025, com um total de 50.770 postos, conforme dados oficiais.

BRASÍLIA, 15 de dezembro de 2025 – O volume de cargos comissionados na administração federal atingiu um patamar inédito em novembro de 2025, com um total de 50.770 postos, conforme dados oficiais. Desde janeiro de 2023, o governo Lula criou 4,4 mil novos postos desse tipo, destinados a funções de direção, chefia e assessoramento em órgãos públicos.

As vagas, que abrangem tanto servidores quanto pessoas externas à administração, estão distribuídas entre ministérios, autarquias e fundações. A administração direta responde por 53% desses cargos, enquanto o restante se concentra em órgãos vinculados.

Entre os principais órgãos com maior número de cargos, destacam-se o Instituto Nacional do Seguro Social, o Ministério da Fazenda, a Polícia Federal, o Ministério da Gestão, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Ministério da Saúde e a Presidência da República.

As informações foram divulgadas pelo jornal O Estado de S. Paulo.

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No atual mandato, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva conta com 38 ministérios, que chegou a 39 durante o período de emergência no Rio Grande do Sul, enquanto o antecessor, Jair Bolsonaro, terminou seu mandato com 23 pastas.

Embora Bolsonaro tenha promovido a criação de 13,4 mil cargos apenas em 2022, o triplo dos postos criados na atual gestão, o quadro se manteve estável nos três primeiros anos de governo.

Os aumentos mais expressivos de cargos comissionados depois da transição ocorreram nos ministérios da Fazenda, Gestão, Agricultura e do Trabalho, além de novas pastas reestruturadas.

Segundo o Ministério da Gestão, a expansão decorre da reorganização administrativa planejada durante a transição, por meio de redistribuição e transformação de cargos já existentes.

De acordo com a pasta, “toda a adequação das estruturas foi feita a partir da redistribuição e transformação de cargos já existentes”. O órgão explicou ainda que não houve criação de “novas despesas” para o governo federal e que 80% dos cargos correspondem a funções de confiança ocupadas exclusivamente por servidores efetivos.

O Ministério da Gestão afirmou que, “em todos os casos, a nomeação segue critérios técnicos e específicos estabelecidos em decreto, e que asseguram que os perfis nomeados sejam compatíveis com as funções e responsabilidades do cargo, como possuir formação e experiência profissional compatível e idoneidade moral”.

IBGE, Ministério da Fazenda, Ministério da Saúde, Ministério da Educação e Presidência da República afirmaram que a maioria das nomeações contempla servidores concursados, respeita critérios legais e prioriza o perfil técnico necessário para funções essenciais. Os demais órgãos não se manifestaram.

Os gastos com pessoal no funcionalismo federal subiram de R$ 369,2 bilhões em 2022 para R$ 444,7 bilhões em 2025, com previsão de chegar a R$ 489,5 bilhões em 2026, contrariando a afirmação de que não há novas despesas. O governo promoveu reajustes salariais e abriu concursos públicos, revertendo o congelamento do mandato anterior.

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