
SÃO LUÍS, 06 de dezembro de 2025 – O Censo 2022 do IBGE apontou que 34,8% da população urbana de São Luís vive em favelas, resultado divulgado nesta sexta (5), após levantamento que analisou insegurança jurídica, carência de serviços públicos e riscos ambientais em áreas classificadas como favelas no estado.
O Maranhão registrou 198 favelas distribuídas em 14 municípios, reunindo 503.753 moradores e representando 10,5% da população urbana, segundo o IBGE. Esses territórios apresentam precariedades estruturais que reforçam a necessidade de mapear condições urbanas e identificar diferenças entre áreas formais e informais.
São Luís concentra 100 das 198 favelas identificadas pelo Censo 2022 e abriga 71,2% dos moradores que vivem nesses territórios. O IBGE registrou 116.489 domicílios nessas áreas, o que equivale a 33,3% das moradias urbanas da capital.
Além disso, municípios como São José de Ribamar, Paço do Lumiar, Raposa, Imperatriz, Caxias, Açailândia e Timon também apresentam grande número de moradores em favelas. Dessa forma, o estudo evidenciou a distribuição dessas áreas no estado e o impacto urbano causado pela expansão desses territórios.
O IBGE classificou esses locais como áreas com insegurança da posse e limitações ambientais, além de apresentar serviços públicos precários.
ACESSIBILIDADE AINDA É LIMITADA
As condições de urbanização variam entre favelas da capital e do estado, segundo o IBGE. Em São Luís, 91,4% dos moradores vivem em vias pavimentadas, índice superior ao registrado no Maranhão, com 78,8%, e também acima da média nacional, com 78,3%.
Rampas de acessibilidade são pouco presentes nesses territórios, já que apenas 1,9% das calçadas das favelas da capital possuem o equipamento. O Maranhão apresenta 2,1%, enquanto outras áreas urbanas de São Luís fora das favelas chegam a 14,1%.
Calçadas estão disponíveis para 84,1% dos moradores das favelas da capital. No entanto, cinco comunidades não possuem calçadas registradas: Jaracati I, Albino Soeiro, Batatan, Ivaldo Rodrigues e Residencial Francisco Lima.
OBSTÁCULOS E BAIXA ARBORIZAÇÃO
Obstáculos urbanos são recorrentes nas calçadas das favelas de São Luís, onde 97% dos moradores convivem com buracos, desníveis ou calçadas quebradas. O percentual coloca a capital entre os maiores índices do país nesse critério.
A arborização também é limitada, pois apenas 30,2% dos moradores vivem em áreas com presença de árvores. O índice está abaixo dos 31,5% registrados no Maranhão e dos 35,4% observados no Brasil.
Duas comunidades da capital não possuem qualquer registro de arborização: Recanto do Luizão e Vila Valian.







