
MARANHÃO, 27 de novembro de 2025 – Uma operação policial cumpre 190 mandados de busca e apreensão em seis estados brasileiros nesta quinta (27). A ação, batizada de Poço de Lobato, visa desarticular um esquema de fraudes fiscais que causou um prejuízo de R$ 26 bilhões aos cofres públicos.
O Grupo Refit, antiga controladora da refinaria de Manguinhos, é o alvo central das investigações por crimes contra a ordem tributária e lavagem de dinheiro. Os mandados são executados em São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Bahia, Maranhão e Distrito Federal.
A operação mobiliza 621 agentes, incluindo promotores, auditores fiscais e policiais. O Comitê Interinstitucional de Recuperação de Ativos do Estado de São Paulo (Cira-SP) coordena a megaoperação em conjunto com a Receita Federal e secretarias da Fazenda. Além disso, a Justiça autorizou o bloqueio de R$ 8,9 bilhões em bens dos investigados.
Paralelamente, a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional conseguiu a indisponibilidade de mais R$ 1,2 bilhão.
De acordo com as investigações, o grupo utilizava uma complexa rede de holdings, offshores e fintechs para cometer os crimes. A megaoperação identificou estruturas financeiras similares às encontradas na Operação Carbono Oculto.
O Grupo Refit já era investigado por ser um dos maiores devedores de ICMS em São Paulo e no Rio.
Em setembro, a megaoperação Carbono Oculto, da Receita Federal, já havia interditado a empresa e apreendido navios. As embarcações continham combustível importado irregularmente da Rússia.







