
BRASÍLIA, 24 de novembro de 2025 – O ministro Flávio Dino determinou que a Polícia Federal investigue possível desvio de emendas enviadas a Arari e Zabelê, após repercussão de que recursos repassados desapareceram das contas municipais.
A investigação foi solicitada neste domingo, quando Dino destacou que os fatos noticiados indicam possíveis crimes na aplicação do dinheiro encaminhado às prefeituras, o que reforça a necessidade de esclarecimentos oficiais sobre o caso.
A suspeita principal envolve R$ 1,25 milhão destinados por Pedro Lucas para recuperar estradas vicinais de Arari, onde o valor não chegou às obras. A prefeita Maria Alves afirmou que o dinheiro “simplesmente desapareceu”, enquanto documentos mostraram repasses fracionados em quatro contas que dificultaram o rastreamento da verba.
O parlamentar declarou ter cumprido sua função ao enviar o recurso, além disso, disse que cabe ao município aplicar a quantia conforme as regras.
O ex-prefeito Rui Filho afirmou que o dinheiro serviu para pagar obras e serviços, no entanto não detalhou quais foram executados. Pedro Lucas declarou desconhecer o destino da verba durante a gestão anterior e reforçou que o responsável pela época deve esclarecer as movimentações financeiras.
Comprovantes bancários apontaram que as transferências diluíram o recurso entre contas diferentes, o que dificultou o rastreamento do montante original.
O despacho de Dino determinou que a Polícia Federal incorpore o caso a inquéritos já abertos ou inicie novos procedimentos, por isso as apurações devem reunir documentos de diferentes frentes. A investigação envolve ao menos 80 casos semelhantes já analisados pelo STF referentes ao uso de emendas parlamentares.
Operações recentes da Polícia Federal verificaram suspeitas de uso de empresas fantasmas e laranjas em repasses municipais, além de relatos sobre a atuação de agiotas na cobrança de valores devolvidos. Esses elementos foram citados em documentos já analisados pelas autoridades, portanto entram no conjunto de dados considerados pela investigação.
A análise inclui movimentações financeiras que sugerem práticas irregulares na aplicação de recursos públicos destinados às cidades investigadas.
O avanço das diligências ocorre porque casos como os de Arari e Zabelê apresentam semelhanças com outras apurações sobre execução de emendas parlamentares.







