
BRASÍLIA, 13 de novembro de 2025 – O ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a reintegração da advogada Lays Lopes Carneiro Barcelos no concurso para delegado da Polícia Civil de Santa Catarina.
A candidata, casada com um homem condenado por tráfico de drogas, havia sido eliminada pela corporação durante a avaliação de idoneidade moral. Dino considerou a situação urgente para evitar dano irreparável à expectativa da candidata.
A decisão ministerial reverteu um entendimento do Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC), que havia validado a exclusão pela Polícia Civil.
O ministro destacou os anos de preparação e estudo dedicados por Barcelos ao processo seletivo. Consequentemente, a advogada de 32 anos, aprovada em todas as etapas técnicas, retoma sua participação no certame.
O delegado-geral de Santa Catarina, Ulisses Gabriel, criticou publicamente a reintegração determinada pelo STF. Ele questionou em redes sociais como se combate o crime permitindo a participação de uma candidata casada com um condenado por tráfico. A Polícia Civil local defende que o edital exige padrões rígidos de conduta e transparência dos futuros delegados.
A reintegração da candidata reacendeu o debate sobre os critérios de seleção para carreiras policiais. Na Assembleia Legislativa do Maranhão, o deputado Yglésio Moisés também se manifestou contra a decisão, classificando-a como uma vergonha.
“Polícia se baseia nos mais altos padrões de moralidade. Necessidade grande de sigilo. De ter o crime como inimigo e não parceiro de cama. Flávio Dino está legitimando uma mulher de traficante na polícia. Uma vergonha para o Brasil.”, afirmou Yglesio.







