
BELÉM, 12 de novembro de 2025 – Um protesto de esquerda deixou dois seguranças feridos na entrada da COP30, em Belém, na tarde desta terça (11). O tumulto ocorreu quando parte dos manifestantes tentou ultrapassar as barreiras de acesso à Zona Azul, área sob responsabilidade da Organização das Nações Unidas (ONU).
O protesto reuniu médicos, enfermeiros, estudantes, líderes indígenas e integrantes de movimentos sociais. Eles marcharam pela Avenida Duque de Caxias até o local do evento, cobrando maior participação popular e melhorias nas políticas de saúde.
Após o encerramento da marcha, câmeras registraram o momento em que manifestantes forçaram a passagem pelas barreiras de credenciamento. Os seguranças reagiram e formaram uma barricada para conter o grupo, o que resultou em ferimentos leves em dois agentes e em danos superficiais à estrutura.
Em nota ao portal g1, a Secretaria das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC) informou que um grupo de manifestantes “violou as barreiras de segurança na entrada principal da COP, causando ferimentos leves a dois seguranças e danos superficiais ao local”.
A entidade declarou ainda que “as autoridades do governo brasileiro e da ONU estão investigando o incidente e que o local está seguro, com as negociações da COP em andamento normalmente”.
Os organizadores da Marcha Global Saúde e Clima negaram envolvimento no episódio. Em comunicado, afirmaram que “não têm nenhuma relação com o ocorrido na entrada da Zona Azul da COP30 após o encerramento da marcha”.
O manifestante Júlio Pontes, de 29 anos, relatou que houve tensão ao tentar avançar até a área de credenciamento. “A gente decidiu ir adiante, e houve nesse momento um enfrentamento com a segurança”, disse. Segundo ele, o objetivo foi reforçar o pedido de mais participação social e defesa dos territórios e florestas.
A marcha reuniu cerca de 3 mil pessoas em um trajeto de 1,5 km, liderada pelo Movimento Médicos pelo Clima.







