
MARANHÃO, 05 de novembro de 2025 – A Força Aérea Brasileira (FAB) iniciou nesta segunda (3) a Operação Spaceward 2025, o primeiro lançamento comercial de um foguete a partir do Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), no Maranhão.
A missão, em parceria com a Agência Espacial Brasileira (AEB), vai lançar o foguete sul-coreano HANBIT-Nano para colocar cinco satélites em órbita e realizar três experimentos. O período de operações segue até 28 de novembro, mas a data exata do voo ainda não foi definida.
Cerca de 400 profissionais da FAB, sendo 300 militares e 100 civis, foram mobilizados para a operação. Além disso, 47 servidores foram deslocados recentemente para somar à equipe, que também conta com 60 integrantes da empresa sul-coreana Innospace.
O diretor do CLA, Coronel Aviador Clóvis Martins de Souza, afirmou que o centro está preparado para esta nova fase, destacando suas mais de quatro décadas de operações e 500 lançamentos. Esta operação consolida a entrada do Brasil no mercado global de lançamento comercial.
A equipe é multidisciplinar, abrangendo especialistas em engenharia, telemetria, segurança, logística e medicina aeroespacial. A missão é resultado de um edital da AEB de 2020, com a Innospace sendo selecionada e assinando contrato com o Comando da Aeronáutica em 2022.
O foguete já possui dupla autorização: da Agência Aeroespacial da Coreia do Sul, concedida em outubro, e da AEB, emitida em maio após análise de critérios de segurança e redução de detritos espaciais.
CARGA ÚTIL INTERNACIONAL
O foguete HANBIT-Nano mede 21,9 metros de comprimento e tem capacidade para transportar 90 quilos de carga útil. As cargas incluem satélites da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), da AEB e da empresa indiana Grahaa Space, além de experimentos tecnológicos.
Os satélites serão usados para coleta de dados climáticos, desenvolvimento tecnológico e ações educacionais. Este marco histórico representa o primeiro lançamento comercial de um veículo espacial a partir do território brasileiro.
A Agência Espacial Brasileira, vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, é a responsável por coordenar a Política Espacial Brasileira.
A operação no CLA demonstra a capacidade do país em liderar operações complexas e atrair parcerias internacionais, impulsionando o desenvolvimento tecnológico nacional através deste lançamento comercial.







