DEVASTAÇÃO EM QUEDA

Maranhão lidera queda no desmatamento da Amazônia Legal

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desmatamento Maranhão
Maranhão registra redução na devastação florestal entre 2024 e 2025 e contribui para o terceiro ano consecutivo de baixa nas taxas de desmatamento da Amazônia.

MARANHÃO, 31 de outubro de 2025 – O Maranhão reduziu em 26,06% o desmatamento na Amazônia Legal entre agosto de 2024 e julho de 2025, conforme dados divulgados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), em Brasília. O estado aparece entre os que mais contribuíram para a queda nacional, atrás apenas de Tocantins, Amapá, Roraima, Rondônia e Acre.

Os dados fazem parte do relatório anual do Projeto de Monitoramento do Desmatamento na Amazônia Legal por Satélite (Prodes), ferramenta do Inpe considerada a mais precisa na medição das taxas anuais de devastação da floresta.

A Amazônia Legal registrou uma área desmatada de 5.796 km² no último ciclo, representando redução de 11,08% em relação ao período anterior, quando a devastação chegou a 6.288 km². Essa é a terceira menor taxa desde 1988 e o terceiro ano seguido de retração.

O Cerrado também apresentou melhora, com queda de 11,49% na área devastada — 7.235 km² desmatados entre 2024 e 2025 —, marcando o segundo ano consecutivo de redução após cinco anos de alta.

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Apesar da redução do corte raso, o Inpe registrou aumento na degradação florestal, processo em que a vegetação perde densidade sem ser totalmente derrubada. O índice passou de 27% em 2024 para 38% em 2025.

Pesquisadores apontam que o desmatamento vem sendo substituído por uma “degradação silenciosa”, causada por incêndios, secas prolongadas e extração seletiva de madeira.

As autoridades ambientais destacam que os resultados refletem a intensificação das ações de fiscalização e integração entre órgãos federais, estaduais e municipais.

Entre 2023 e 2025, o Ibama ampliou em 81% a aplicação de autos de infração relacionados à flora e em 63% o valor total das multas, que somaram R$ 8 bilhões.

Nesse mesmo período, foram realizadas 25.226 operações de campo — contra 14.051 no triênio anterior —, e mais de 3 mil fazendas foram embargadas. As apreensões de bens e produtos ilegais cresceram 172%, alcançando quase R$ 2 bilhões.

O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) também reforçou as ações, com 312 operações de fiscalização e emissão de mais de 1.300 autos de infração entre agosto de 2024 e julho de 2025.

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