
PRESIDENTE VARGAS, 30 de outubro de 2025 – O advogado Diogo Viana denunciou o desaparecimento de mais de R$ 1 milhão das contas do Fundo de Previdência dos Servidores de Presidente Vargas (Funpresv). Segundo ele, a prefeita Fabiana Mendes (PSB) seria responsável pelo colapso financeiro do fundo, colocando em risco o pagamento de aposentadorias e pensões no município.
Em vídeo publicado nas redes sociais, Viana explicou que, em 2020, o então prefeito Wellington Uchôa deixou mais de R$ 1,3 milhão no fundo previdenciário municipal. No entanto, afirmou que o saldo teria despencado para R$ 27.550,00 em dezembro de 2024, já na gestão da atual prefeita.
Para o advogado, a redução expressiva configura apropriação indébita e descumprimento da Lei nº 9.717/98, que regula os regimes próprios de previdência.
O advogado destacou ainda que os fundos próprios de previdência são formados por contribuições dos servidores e pela contrapartida patronal da administração pública. Por isso, a falta de repasses colocaria em risco direto o futuro financeiro de aposentados e pensionistas.
FUNPRESV NEGA DESVIO E ALEGA FAKE NEWS
Em resposta, o presidente do Funpresv, José Carlos Sousa Aguiar, divulgou nota no dia 29 negando o desaparecimento do dinheiro e classificando a denúncia como “fake news”. Segundo ele, os valores citados pelo advogado referem-se a contas diferentes, e os números apresentados não seriam comparáveis.
O dirigente defendeu que o fundo é administrado com responsabilidade. No entanto, segundo informações do jornalista Isaías Rocha, as informações da Avaliação Atuarial — documento que analisa a saúde financeira do fundo — não estavam disponíveis no site do Funpresv.
Após a publicação da nota, Diogo Viana reiterou suas acusações e afirmou que o Funpresv tenta confundir os servidores. Ele destacou que os extratos apresentados pelo fundo se referem a outubro de 2025, enquanto sua denúncia aborda o período de dezembro de 2024, quando o saldo teria despencado.
“Em dezembro de 2024, o saldo caiu para R$ 27.550,00. Por que os extratos desse período não foram mostrados?”, questionou Viana. Ele também cobrou explicações sobre a ausência de valores referentes às contribuições patronais ao longo do primeiro mandato da prefeita.
Segundo o advogado, se o saldo de R$ 1,3 milhão deixado em 2020 tivesse sido mantido e os repasses realizados regularmente, o fundo deveria hoje superar R$ 3 milhões. Ele concluiu que a prefeita teria “esgotado a conta e tenta reabastecê-la”, o que, na sua avaliação, configura crime de apropriação indevida de recursos públicos.







