
BRASÍLIA, 23 de outubro de 2025 – A fila do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) mais do que dobrou desde a promessa feita pelo presidente Lula (PT) de zerar o acúmulo de pedidos. Em 1º de janeiro de 2023, Lula declarou que encerraria “a vergonhosa fila do INSS”, que ele classificou como uma injustiça. Naquele momento, havia 1,23 milhão de requerimentos pendentes.
De acordo com o Portal da Transparência do Ministério da Previdência Social, o número de solicitações em análise chegou a 2,3 milhões em agosto de 2025. Isso representa um aumento de 114% em relação ao início do governo.
O volume atual supera o recorde anterior, registrado em janeiro de 2020, durante o governo de Jair Bolsonaro (PL), quando o represamento alcançou 2 milhões de pedidos.
Entre agosto de 2024 e agosto de 2025, o número de solicitações paradas subiu 135%, passando de 1,12 milhão para 2,63 milhões. O maior patamar do governo Lula foi alcançado em março de 2025, quando a fila chegou a 2,7 milhões de requerimentos aguardando análise.
No primeiro semestre de 2024, o número chegou a recuar 12,4%, mas voltou a crescer em julho, após a deflagração de uma greve de servidores do INSS. O movimento começou em 16 de julho de 2024 e durou 114 dias, sendo encerrado apenas em 6 de novembro do mesmo ano.
Mesmo após o fim da paralisação, o ritmo de concessão de benefícios não retomou a agilidade prometida pelo governo. O tempo médio bruto de análise, que havia caído de 69 para 34 dias antes da greve, voltou a subir, atingindo 64 dias em março de 2025.
Em agosto de 2025, o índice caiu para 49 dias, mas a redução não foi suficiente para reduzir o acúmulo de requerimentos. O Ministério da Previdência ainda não apresentou um novo plano de ação para normalizar o atendimento aos segurados.







