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Maranhão tem menor renda média do país, aponta Censo do IBGE

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Maranhão IBGE
Com rendimento mensal de R$ 1.855, Maranhão fica na última posição no ranking nacional de salários, segundo dados do Censo Demográfico 2022 divulgados pelo IBGE

MARANHÃO, 10 de outubro de 2025 – O Maranhão registrou o menor rendimento médio mensal entre os trabalhadores brasileiros, conforme dados preliminares do Censo Demográfico 2022 divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O valor médio no estado foi de R$ 1.855, abaixo da média nacional de R$ 2.851. Além do Maranhão, os estados do Piauí (R$ 1.905) e da Bahia (R$ 1.944) também figuram entre os menores rendimentos do Brasil, todos localizados na Região Nordeste.

No outro extremo, as maiores médias foram observadas no Distrito Federal (R$ 4.715), em São Paulo (R$ 3.460) e em Santa Catarina (R$ 3.391), onde há maior concentração de atividades econômicas com salários mais elevados.

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O levantamento mostra que as regiões Norte (R$ 2.238) e Nordeste (R$ 2.015) permanecem abaixo da média nacional. Já o Centro-Oeste (R$ 3.292) apresentou o maior rendimento, 16,7% superior à média do país.

As regiões Sul (R$ 3.190) e Sudeste (R$ 3.154) mantêm-se em patamar mais elevado. Os dados consideram pessoas com 14 anos ou mais, ocupadas ou afastadas temporariamente do trabalho entre 25 e 31 de julho de 2022.

Segundo o IBGE, 35,3% dos trabalhadores brasileiros recebem até um salário mínimo, enquanto apenas 7,6% têm rendimentos acima de cinco salários mínimos, o equivalente a R$ 6.060 em 2022.

A faixa mais comum é a de mais de um até dois salários mínimos, que abrange 32,7% da população ocupada. Apenas 0,7% dos trabalhadores recebem mais de 20 salários mínimos.

As diferenças salariais também se refletem entre gêneros e grupos raciais. Em 2022, os homens tiveram rendimento médio de R$ 3.115, valor 24,3% superior ao das mulheres, que receberam R$ 2.506.

No recorte racial, pessoas brancas (R$ 3.659) e amarelas (R$ 5.942) tiveram rendas acima da média, enquanto pardos (R$ 2.186), pretos (R$ 2.061) e indígenas (R$ 1.683) ficaram abaixo.

O Índice de Gini, que mede a concentração de renda, foi de 0,542 em 2022. As regiões Norte (0,545) e Nordeste (0,541) apresentaram os maiores índices. O Sul registrou o menor indicador (0,476), enquanto Sudeste (0,530) e Centro-Oeste (0,531) ficaram em patamar intermediário.

O Maranhão também apresentou uma das menores taxas de ocupação do país. Apenas 43,6% das pessoas com 14 anos ou mais estavam trabalhando, percentual abaixo da média nacional de 53,5%.

Os piores índices foram registrados no Nordeste (45,6%) e no Norte (48,4%), enquanto Sul (60,3%), Centro-Oeste (59,7%) e Sudeste (56%) lideraram.

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