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PEC da Blindagem pode favorecer Josimar e Pastor Gil

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PEC investigados
PEC aprovada na Câmara Federal limita prisões e abertura de ações contra parlamentares, enquanto denúncias da PGR citam os deputados Josimar e Pastor Gil.

BRASÍLIA, 17 de setembro de 2025 – A Câmara dos Deputados aprovou na noite de terça a PEC da Blindagem, que restringe prisões e abertura de ações penais contra parlamentares.

Caso seja confirmada pelo Senado, a proposta pode favorecer deputados investigados no Supremo Tribunal Federal (STF), entre eles Josimar Maranhãozinho (PL-MA) e Pastor Gil (PL-MA), acusados de envolvimento em supostos desvios de emendas parlamentares.

A PEC transfere ao Legislativo a prerrogativa de decidir, em votação secreta, se deputados ou senadores podem se tornar réus. Além disso, amplia o alcance do foro privilegiado, incluindo presidentes de partidos.

A medida recebeu forte apoio do Centrão, do PL e de outras legendas, que a defenderam como resposta a supostos abusos do STF.

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INVESTIGAÇÕES EM CURSO

Na segunda, o ministro do STF Flávio Dino encaminhou à Polícia Federal investigações sobre emendas Pix enviadas a nove cidades por 25 parlamentares. Em março, o Supremo também aceitou, por unanimidade, denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra deputados do PL acusados de corrupção passiva e organização criminosa.

Entre os denunciados estão Josimar Maranhãozinho, Pastor Gil e o suplente Bosco Costa (PL-SE). Eles foram acusados de solicitar vantagem indevida a um prefeito do interior do Maranhão em 2020. Segundo a PGR, o grupo teria condicionado o repasse de R$ 6,6 milhões em emendas à cobrança de R$ 1,6 milhão em propina.

A acusação aponta que as emendas, no valor de R$ 6,6 milhões, foram destinadas ao município de São José de Ribamar. Mensagens obtidas em 2019 mostram Josimar instruindo Pastor Gil e Bosco Costa sobre a destinação dos recursos. A liberação ocorreu entre dezembro de 2019 e abril de 2020.

De acordo com a denúncia, o agiota Josival, conhecido como Pacovan, teria cobrado pessoalmente 25% das emendas do então prefeito de São José de Ribamar, Eudes, em um encontro acompanhado de Rocha Silva. O pedido de R$ 1,6 milhão, segundo a Procuradoria, não foi confirmado pelo gestor em interrogatório.

Ainda segundo a PGR, mensagens indicam que Josimar orientou Pacovan sobre os valores das emendas liberadas. Em uma delas, Pacovan sugere destinar “a maior quantidade possível de recursos” ao município. Após o insucesso da cobrança, Maranhãozinho e Gil teriam atuado diretamente para convencer o prefeito.

Em outra mensagem, Gil chegou a sugerir pessoalmente um encontro com Eudes.

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Cunha

É muito lamentável as atitudes da grande maioria desses criminosos corruptos que ora se encontram deputados federais. Também é um absurdo esses dois ladrões corruptos poderem ser protegidos pelo escárnio dessa pec da blindagem. Eu conto com a não aprovação dessa pec da bandidagem pelo senado federal, mas se caso ela for aprovada também pelo senado, nós população brasileira estaremos fudidos e muito mal representados por esses bandidos das duas casas legislativas.

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