
BRASIL, 12 de setembro de 2025 – A Polícia Federal prendeu nesta sexta (12) Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como “Careca do INSS”, apontado como chefe de um esquema de desvios em benefícios previdenciários.
A operação incluiu buscas relacionadas ao advogado Nelson Willians, investigado, e ao empresário Maurício Camisotti, suspeito de atuar como sócio oculto em entidade beneficiada. A ação ocorre após a CPI do INSS autorizar o acesso a dados fiscais, bancários e telefônicos de Antunes.
De acordo com a investigação, empresas ligadas ao suspeito funcionavam como intermediárias financeiras. Elas recebiam valores desviados e os repassavam a servidores do INSS e a entidades associadas ao esquema de fraudes previdenciárias.
A Polícia Federal identificou que Antunes coordenava descontos irregulares em aposentadorias e pensões. Ele também teria movimentado R$ 12 milhões em apenas 129 dias por meio de contas bancárias ligadas ao esquema.
Relatórios revelam que o investigado recebeu mais de R$ 50 milhões de associações de aposentados e pensionistas. Deste total, R$ 9 milhões foram transferidos diretamente a pessoas com vínculos no INSS, segundo dados oficiais.
A prisão foi decretada após a constatação de movimentações incompatíveis com a renda declarada. O depoimento de Antunes está previsto na CPI do INSS, que o convocou para prestar esclarecimentos na próxima segunda (15).
A operação apura suspeitas de organização criminosa, ocultação de patrimônio e tentativas de obstrução das investigações. Autoridades apontam que os envolvidos teriam dilapidado bens para dificultar o rastreamento do dinheiro desviado.
Segundo a Polícia Federal, o caso é tratado como um dos maiores esquemas já descobertos contra o sistema previdenciário brasileiro. Os investigadores buscam ampliar as provas com base nos dados coletados a partir da quebra de sigilo determinada pela CPI.







