CAOS NA IMUNIZAÇÃO

Evasão da 2ª dose da tríplice viral supera 50% em 14 estados

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Evasão da segunda dose da tríplice viral supera 50% em 14 estados. Relatório aponta risco de retorno de doenças e desigualdades na cobertura vacinal infantil.

BRASIL, 17 de junho de 2025 –  Quatorze estados brasileiros registraram taxa de abandono superior a 50% entre a primeira e a segunda dose da vacina tríplice viral, que protege contra sarampo, caxumba e rubéola.

Entre as unidades federativas com maior evasão estão Acre, Pará, Amapá, Maranhão e Mato Grosso do Sul, segundo o Anuário VacinaBR 2025, divulgado nesta terça (17). O estudo, elaborado pelo Instituto Questão de Ciência (IQC) com apoio da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) e Unicef, analisou dados de 2000 a 2023.

O relatório alerta que a baixa adesão à segunda dose compromete a eficácia da imunização e aumenta o risco de reintrodução de doenças já controladas, como o sarampo.

Além da tríplice viral, outras vacinas, como a pneumocócica e a rotavírus, também apresentam altas taxas de abandono. O documento destaca ainda disparidades regionais, com municípios vizinhos exibindo coberturas vacinais muito diferentes.

SURTOS DE SARAMPO ACENDEM ALERTA

O Brasil registrou casos autóctones de sarampo em 2024, após quase três anos sem transmissão local da doença. Em março, dois casos foram confirmados em São João de Meriti (RJ), e, em abril, São Paulo teve seu primeiro registro.

O anuário aponta que campanhas pontuais não têm sido suficientes para garantir a imunização e sugere estratégias como horários estendidos, postos de vacinação em finais de semana e ações casa a casa em áreas de difícil acesso.

O Ministério da Saúde afirma que houve melhora na cobertura vacinal em 2023 e 2024, com 13 das 16 vacinas infantis atingindo índices maiores. A pasta destacou que o Brasil deixou a lista dos 20 países com mais crianças não vacinadas e recuperou a certificação de país livre do sarampo.

No entanto, um estudo da Confederação Nacional de Municípios (CNM) revelou que 33,7% das cidades pesquisadas ainda enfrentam desabastecimento de imunizantes.

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