O secretário estadual de Segurança Pública, Jefferson Portela, afirmou que a pasta decidiu não afastar os agentes da Polícia Civil envolvidos em morte do jovem Hamilton Cesar Lima Bandeira de 23 anos.
Os agentes da Polícia Civil vão continuar exercendo suas funções até o desfecho do inquérito policial, pois, de acordo com o titular da SSP-MA, não há elementos que comprovem que o jovem foi morto pelos policiais. De acordo com familiares, após fazer publicação nas redes sociais desejando sorte a Lázaro Barbosa – assassino procurado há duas semanas em Goiás -, cuja postagem foi fruto dos problemas mentais, Hamilton Cesar foi morto pelos policiais civis.
“Não há elemento para dizer isso, o que foi dito anteriormente em matéria veiculada pela manhã, o assassinato. Tecnicamente isso não está demonstrado. Isso será demonstrado dentro do inquérito policial se houve assassinato ou não. Se houve, eles responderão dentro das normas legais, se não houve terão os permissíveis de lei para o ato que praticaram. Isto é definido dentro do inquérito policial, não há um juízo que mostre antecipadamente que eles cometeram crimes e que sejam afastados das suas atividades. E isso será demonstrado no relatório de conclusão do inquérito policial que apura exatamente este fato em relação a esse rapaz que foi morto”, afirmou Portela.
Conforme Jefferson Portela, os agentes foram ao local apenas entregar uma intimação ao jovem, mudando versão apresentada anteriormente pela Polícia Civil que, em nota, afirmou que o caso precisava de uma prisão em flagrante devido ao delito de apologia ao crime. A família do jovem nega a versão, afirma que ao avistarem Hamilton Cesar efetuaram três disparos e que, apenas dos transtornos mentais, o jovem não era um perigo à sociedade.
“Eles se deslocaram para levar uma intimação e o policial que chegou e pediu para entrar com a intimação na mão, estava ali para deixar a intimação. Quando segundo as informações iniciais, que deverão ser formalizadas dentro do inquérito mas foram perguntadas sobre isto, é que após a tentativa de entrega da intimação, o cidadão teria saído correndo de dentro do quarto com uma faca. E os policiais que estavam de fora, efetuaram os disparos na perna e outro no estômago”, disse o titular da SSP.
“Eles foram entrando aqui e eu vim de lá para cá e quando cheguei… [perguntou] ‘O que é?’ Ai eles disseram: tem alguém aqui? E eu disse ‘tem, eu e meu filho’. E quando eu disse assim, o menino [Hamilton] pulou da cama e puxou essa cortina aqui. Apontou só o peito dele com a cabeça. Ai ele [policial civil] foi dizendo assim: ‘é esse aqui mesmo’ e atirou nele. E ele caiu bem aqui nos meus pés. Ele só fez dizer ‘Oh, papai'”, afirmou o avô de Hamilton Cesar.
O Ministério Público vai solicitar a exumação do corpo do jovem. O corpo de Hamilton foi enterrado sem passar por necropsia e, por isso não há laudos sobre os tiros que o atingiram. O caso segue em acompanhamento da Comissão de Diretos Humanos e da Pessoa com Deficiência da OAB-MA.
Respostas de 2
Neste caso o título da matéria está equivocado, foram Polícias Civis..PCs e não Policiais Militares..PMs
Covardes, tanto eles quando o secretario!