REFÚGIO VERMELHO

TCU investiga voo da FAB que trouxe ex-primeira-dama do Peru

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Peru condenada
Condenada a 15 anos por lavagem de dinheiro, Nadine Heredia foi trazida do Peru ao Brasil com escolta oficial, antes mesmo de haver processo formal de asilo.

PERU, 23 de abril de 2025 – A ex-primeira-dama do Peru, Nadine Heredia Alarcón, condenada a 15 anos de prisão por lavagem de dinheiro, ganhou uma recepção de Estado no Brasil — mesmo sem passaporte diplomático ou pedido formal de refúgio aprovado.

O tratamento diferenciado, digno de chefe de missão, despertou o interesse do Tribunal de Contas da União (TCU), que decidiu investigar como e por que recursos públicos foram utilizados no translado da A ex-primeira-dama do Peru.

A relatoria do processo, aberta nesta semana, está nas mãos do ministro Aroldo Cedraz. O pontapé da apuração veio por meio de uma representação apresentada pelo deputado federal Ubiratan Sanderson (PL-RS), que levantou o alerta sobre o uso de uma aeronave da Força Aérea Brasileira (FAB) e a escolta institucional que acompanhou Heredia em sua chegada ao país.

“A ex-primeira-dama foi levada ao Brasil com apoio logístico do Estado, sem respaldo legal”, escreveu Sanderson, que ressaltou o envolvimento de Heredia com empreiteiras brasileiras no escândalo de corrupção revelado pela Lava Jato.

Segundo ele, a operação foi bancada pelo governo federal antes mesmo de qualquer trâmite formal para o asilo político — um detalhe que certamente passaria batido se não envolvesse um avião da FAB, dinheiro público e uma condenação internacional.

No Congresso, o clima esquentou. O senador Magno Malta (PL-ES) não poupou críticas e apresentou um voto de censura, lamentando que “o Brasil tenha virado abrigo de corruptos condenados”, em referência ao gesto do governo Lula.

Já os deputados Adriana Ventura (Novo-SP) e Marcel van Hattem (Novo-RS) exigiram respostas formais do Itamaraty: querem saber quem autorizou, por que autorizou e baseado em qual norma.

A investigação do TCU conta com a supervisão do procurador do Ministério Público junto à Corte, Sérgio Caribé, e vai analisar se houve responsabilidade dos gestores públicos envolvidos e quais foram os argumentos jurídicos utilizados para justificar a operação aérea.

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