ARGENTINA

Governo Milei classifica protesto como tentativa de golpe

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Golpe Argentina
O chefe do Gabinete de Ministros da Argentina afirmou que o protesto violento ocorrido na quarta (12) em frente ao Congresso foi uma espécie de golpe de Estado.

ARGENTINA, 14 de março de 2025 – O chefe do Gabinete de Ministros da Argentina, Guillermo Francos, afirmou que o protesto violento ocorrido na quarta (12) em frente ao Congresso foi “uma espécie de golpe de Estado”. A manifestação, organizada por grupos de esquerda, resultou em confrontos com a polícia, feridos e detenções.

A mobilização, realizada sob o pretexto de apoio aos aposentados, reuniu sindicatos, torcedores de futebol e movimentos sociais. Durante o ato, houve enfrentamento com as forças de segurança, deixando 46 feridos e 124 detidos, muitos deles posteriormente liberados pela Justiça.

Francos declarou, em entrevista à rádio Mitre, que a manifestação foi organizada com o objetivo de desestabilizar o governo. Segundo ele, os protestos são uma reação às reformas econômicas propostas pela gestão Milei para reverter os impactos do kirchnerismo.

A polícia cercou o Congresso para conter a escalada da violência e utilizou gás lacrimogêneo e cassetetes para dispersar os manifestantes. Francos justificou a intervenção e responsabilizou os grupos de esquerda pela violência, defendendo a ação das forças de segurança como necessária para a manutenção da ordem.

A decisão da juíza Karina Andrade de liberar a maioria dos detidos gerou críticas no governo.

O ministro da Justiça, Mariano Cúneo Libarona, classificou os manifestantes como “criminosos organizados”, enquanto a ministra da Segurança, Patricia Bullrich, questionou a posição da magistrada e reiterou a firmeza do governo contra atos violentos.

VICE-PRESIDENTE ADOTA TOM MAIS MODERADO

A vice-presidente Victoria Villarruel se distanciou da posição oficial da Casa Rosada ao adotar um discurso mais cauteloso. Ela destacou que cabe à Justiça analisar os fatos e manifestou solidariedade a todos os feridos, incluindo policiais e manifestantes.

Ao ser questionada sobre a possibilidade de desestabilização do governo, negou intenção de golpe por parte dos protestantes e defendeu o direito à manifestação, desde que pacífica. Villarruel enfatizou que a violência não deve ser usada como ferramenta para defender qualquer causa.

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