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BRASÍLIA, 29 de dezembro de 2024 – Os Correios, sob a gestão de Fabiano Silva dos Santos, aumentaram os gastos com patrocínios culturais de R$ 430 mil, em média entre 2019 e 2022, para R$ 34 milhões em 2024. Dessa forma, o aumento ocorre em um momento delicado para a empresa, que enfrenta um deficit de R$ 2 bilhões e risco de insolvência. A empresa é submissa às ordens do ministro das Comunicações,o maranhense Juscelino Filho.
Entre os patrocínios, então, estão R$ 600 mil para a 36ª Feira Internacional do Livro de Bogotá, na Colômbia, e R$ 400 mil para a Bienal do Livro de São Paulo. Além disso, o evento colombiano, realizado em abril, teve como tema “Leia a Natureza” e homenageou o Brasil.
FEIRA EM BOGOTÁ
O presidente Lula, então, participou da abertura da feira em Bogotá, que teve como representante da estatal a diretora de Governança e Estratégia, Juliana Picoli Agatte, ligada ao PT. Portanto, a justificativa para o patrocínio foi “ampliar o alcance e visibilidade da marca”, mesmo sem operar na Colômbia.
Os Correios, então, afirmaram que os investimentos são compatíveis com as contrapartidas e que os contratos visam “potencializar a marca e os negócios”. Além disso, uma das contrapartidas do patrocínio em Bogotá foi uma palestra de Juliana Picoli Agatte sobre sustentabilidade nos Correios.
INSOLVÊNCIA E DECISÕES CONTROVERSAS
A atual gestão atribui a situação de insolvência dos Correios ao governo anterior e à taxação das compras internacionais. No entanto, algumas decisões recentes da empresa também contribuíram para o rombo, como a desistência de ação trabalhista bilionária e a gastança nos Correios com o “vale-peru”.
O presidente da estatal, Fabiano Silva dos Santos, é ligado ao grupo Prerrogativas, que atua contra as acusações da Lava Jato. Portanto, devido à deterioração das contas, os Correios decretaram um teto de gastos de R$ 21,96 bilhões para 2024.
(Palavra-chave: gastança Correios)